Grupo atuava em Rondônia, Pará e Minas, usando agências de viagens e rotas internacionais para burlar controles migratórios.
A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (28), a Operação Rota Proibida, que investiga uma organização criminosa especializada em promover migração ilegal internacional. O grupo atuava a partir dos estados de Rondônia, Pará e Minas Gerais, mantendo ainda ramificações operacionais fora do país.
Iniciadas em 2024, as investigações revelaram que brasileiros eram aliciados para ingressar ilegalmente nos Estados Unidos, mediante pagamento de aproximadamente R$ 70 mil por pessoa. A quadrilha utilizava agências de viagens que emitiam bilhetes aéreos sem registro de retorno ao Brasil, facilitando a entrada dos aliciados pela rota conhecida como “cai-cai”, que inclui México, El Salvador e Guatemala.
Diante das provas reunidas, a Justiça Federal autorizou mandados de busca e apreensão, o sequestro de bens e dispositivos eletrônicos, além da suspensão das atividades de empresas que funcionavam como fachada para mascarar os ganhos obtidos com o tráfico de pessoas. A medida visa interromper o fluxo financeiro do esquema.
Durante o cumprimento das ações, foram apreendidos celulares, computadores, documentos e outros materiais que auxiliarão na análise da estrutura e na identificação de todos os integrantes da organização. As informações obtidas devem revelar novas conexões internacionais utilizadas pelo grupo para transportar os migrantes.
Os investigados poderão responder pelos crimes de promoção de migração ilegal, organização criminosa e lavagem de capitais, conforme suas participações.




