O projeto de lei do deputado Zezinho Barbary (PP) protocolado, esta semana, na Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, tem por finalidade reduzir o sofrimento de inúmeros agricultores familiares que dependem da mandioca e da produção de farinha para sobreviverem.
A proposta de Barbary beneficiará não só os produtores de mandioca do Acre como também dos demais estados brasileiros que sofrem diante da agressividade e dos ataques intensos da praga mandarová que destrói as folhas e os ramos mais finos, causando impacto direto na planta e, consequentemente, no potencial produtivo.
A proposição do parlamentar acreano inclui duas ações, sendo uma imediata com o pagamento de auxílio no valor de R$ 2,4 mil por unidade familiar e pago em parcela única, por meio do Programa de Fomento às Atividades Produtivas Rurais; e outra de curto e médio prazo que é a renegociação e prorrogação de linhas de crédito rural para que os produtores possam ter tempo e capital de giro para poder reestabelecer suas lavouras. A proposição passa a valer após a aprovação do projeto pelos deputados e senadores.
Zezinho Barbary justifica que, a ocorrência da praga mandarová é alta no Acre e acomete a vida de muitos produtores, principalmente de Cruzeiro do Sul. O município é responsável por 42% da mandioca produzida no Estado e o faturamento bruto da farinha de mandioca foi de R$ 55 milhões no Vale do Juruá em 2022, sem contar que a “Farinha de Cruzeiro do Sul”, como é conhecida, se tornou patrimônio cultural do Estado.
“Essa é uma preocupação muito grande que nós temos uma vez que a lagarta mandarová não atinge apenas a plantação de mandioca de Cruzeiro do Sul, mas também de Marechal Thaumaturgo, Porto Walter, Mâncio Lima e Rodrigues Alves. Além de mexer as finanças das pessoas mais pobres que sobrevivem da plantação de mandioca, também prejudica a economia da nossa região. “Essa ajuda de R$ 2,4 mil não é suficiente, mas ameniza a vida daqueles que mais precisam” – disse Barbary.