Esquema teria movimentado mais de R$ 5,9 milhões em cinco anos, cobrando até R$ 57 mil por pessoa.
A Polícia Federal prendeu, nesta quarta-feira (19), o suposto líder de um esquema transnacional de contrabando de migrantes do sul da Ásia para os Estados Unidos. O principal alvo da ação foi o paquistanês S. ur R., residente em Samambaia (DF), apontado como responsável pela estrutura financeira e logística do grupo.
Segundo as investigações, o esquema cobrava entre US$ 4 mil e US$ 11 mil cerca de R$ 21 mil a R$ 57 mil para transportar cada pessoa ao território norte-americano. A rota se iniciava no Brasil e seguia por Peru, Equador, América Central e México, em trajetos terrestres e marítimos considerados de alto risco.
Mesmo já condenado anteriormente por crimes relacionados ao tráfico de pessoas e corrupção, S. ur R. teria continuado a atuar no esquema, coordenando pagamentos, captação de clientes e orientações sobre como migrantes deveriam solicitar refúgio no Brasil antes de seguir viagem. A PF afirma que o grupo movimentou ao menos US$ 1,1 milhão em cinco anos.
A operação, batizada de Rota Ilegal, cumpriu mandados de busca, apreensão e prisão temporária, além do bloqueio de contas bancárias, imóveis, veículos, embarcações, aeronaves e criptoativos, totalizando R$ 5,94 milhões. Também foram apreendidos celulares, computadores e documentos que ainda serão analisados.
A investigação segue sob sigilo e conta com apoio de agências internacionais, podendo resultar na identificação de novos envolvidos.





