Políticos que deixaram o PT retornam ao lulismo

A federação formada por PSOL e Rede aprovou o apoio à candidatura do ex-presidente Lula, pelo PT, ao Planalto. Divulgada na quinta-feira 9, a decisão traz de volta aliados que haviam rompido com o petismo.

Filhos do PT

Pela primeira vez, desde que foi fundado em 2005, o Psol não tem candidatura própria à presidência. Fundado em meio ao escândalo Mensalão por ex-filiados do PT, o partido se apresentava como oposição ao então governo Lula e as práticas de corrupção das quais o ex-presidente e sua equipe eram acusados.

A resolução também deixou Marina Silva, que fundou a Rede, fora da disputa da Presidência da República. Marina concorreu ao cargo de chefe do Executivo nas últimas três eleições (2010, 2014 e 2018).

Marina começou sua vida política no PT, partido em que se manteve até agosto de 2009. Por meio da legenda, ela exerceu os cargos de vereadora em Rio Branco, capital do Acre (1989-1991), deputada estadual no Estado (1991-1995), senadora acreana (1995-2011) e ministra do Meio Ambiente (2003-2008).

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) é um dos principais articuladores nas negociações para o apoio do partido à candidatura de Lula. Ele também já foi filiado ao PT. Na antiga legenda, o parlamentar chegou pela primeira vez ao cargo de deputado estadual no Amapá, na eleição de 1994.

Durante a pandemia, Randolfe foi vice-presidente da chamada CPI da Covid, comandando a comissão junto com os senadores Omar Aziz (PSD-AM), presidente, e Renan Calheiros (MDB-AL), relator. O grupo se concentrou em investigações a respeito da atuação do governo federal, sem se aprofundar na gestão das verbas federais feita por Estados e Municípios durante a pandemia.

Em São Paulo

Em São Paulo, Rede e Psol também abriram mão de ter candidato próprio para apoiar o PT. A candidatura ao governo paulista é encabeçada por Fernando Haddad. Guilherme Boulos, que era cotado para representar o Psol no pleito, decidiu tentar uma vaga na Câmara dos Deputados.

Haddad foi ex-prefeito de São Paulo e Ministro da Educação durante os governos Dilma e Lula. Em 2018, o político passou de vice a candidato à presidência da República na chapa do PT.

A mudança ocorreu depois que o ex-presidente teve a candidatura revogada por ter condenações por crimes como corrupção. A manobra deu a Haddad o apelido de “Poste do Lula”.

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