A direita tem se movimentado para entender como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), pode ter boa vantagem em eventual corrida ao Palácio do Planalto contra o presidente Lula, que vai tente ter a reeleição. Entre as principais questões discutidas, estão o nome do vice e uma possível desvantagem para Tarcísio no Nordeste do país.
Para driblar a popularidade de Lula na região, o cálculo que tem sido feito por aliados é que o governador precisa ter ampla vantagem no Estado mais populoso do país, São Paulo. Apesar de parecer simples, já que Tarcísio tem boa avaliação e aprovação do eleitorado, a avaliação é que ele precisa ter uma vantagem de 20% sobre o outro candidato – no caso, o presidente Lula. Por exemplo: em um cenário com o petista com 15% dos votos, Tarcísio precisaria de 35%.
O nome do candidato a vice-presidente também tem entrado nessa matemática. Apesar de Ratinho Jr. (PSD), governador do Paraná, ser considerado alguém que possa trazer votos do eleitorado nordestino (ele é filho do apresentador Carlos Massa, conhecido como Ratinho, dono da Rede Massa, com amplo alcance em todo país), outro nome tem aparecido com mais força no cálculo. Romeu Zema (NOVO), governador de Minas Gerais, tem despontado como boa opção: além do apelo e alinhamento bolsonarista, ele é bem avaliado e tem grande aprovação em Minas, segundo maior colégio eleitoral do país.
Além disso, também se discute internamente a possibilidade de mais de um candidato do espectro político ser lançado, para “ajudar Tarcísio nos debates”. Uma opção, por exemplo, seria ter Ronaldo Caiado (União Brasil), governador de Goiás, nesse sentido. O objetivo seria ajudar nos ataques a Lula e, depois, unir forças com Tarcísio em eventual segundo turno.
‘Só em 2026’
Apesar das contas, ainda não há definição. O grupo espera o aval do ex-presidente Jair Bolsonaro para tomar uma decisão. Até lá, vários nomes estão no jogo: há possibilidade, por exemplo, de um vice de nome Bolsonaro, como o senador Flávio (PL) ou a ex-primeira dama, Michelle (PL).
O próprio Tarcísio já disse duas vezes nessa semana que uma definição deve sair apenas no ano que vem. Internamente, os marqueteiros dele já estão preparados para eventual campanha presidencial – e os aliados também já trabalham com esse cenário.





