O Partido Progressistas acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) contra o governo Lula depois de o Executivo conseguir autorização do Congresso para, na prática, gastar menos com saúde.
O PP quer que seja declarada a inconstitucionalidade do artigo 15 da lei complementar 201 de 2023, que “dispõe sobre o uso da receita corrente líquida estimada na Lei Orçamentária para 2023 para determinar, no ano de 2023, o valor mínimo a ser despendido com ações e serviços públicos de saúde pela União”.
Para o partido, a Constituição estabelece que os recursos mínimos devem ser calculados considerando a receita efetiva e não a prevista no Orçamento. A lei aprovada pelo Congresso, então, seria inconstitucional e precisaria ser derrubada pelo STF.
O Orçamento de 2023 reservava R$ 168 bilhões para a saúde, mas o piso para o ano havia subido para R$ 189 bilhões em setembro depois de atualização nos cálculos de receita corrente líquida do país. Como o governo não tem espaço fiscal para acomodar mais R$ 21 bilhões no Orçamento, recorreu à manobra junto aos congressistas.