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Presidente da OAB pede à ministra que libere a advogados acesso à Operação Ptolomeu que mira Gladson

Beto Simonetti, presidente do Conselho Federal da Ordem, protocolou petição no gabinete de Nancy Andrighi, do Superior Tribunal de Justiça, para que defensores de investigados possam consultar os autos que põem sob suspeita Gladson Cameli (PP) em desvios de verbas da saúde e da infraestrutura

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil Beto Simonetti oficiou a ministra Nancy Andrighi, do Superior Tribunal de Justiça, para cobrar que os advogados dos alvos da Operação Ptolomeu – inquérito da Polícia Federal sobre supostos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo a cúpula do Governo do Acre – tenham acesso aos autos da terceira etapa ostensiva da investigação, aberta na quinta-feira, 9.

Simonetti pede ‘providências necessárias’ no sentido de conceder aos advogados constituídos pelos alvos da operação acesso aos detalhes do inquérito.

Nancy Andrighi respondeu à cobrança de Simonetti, informando ter aberto vista dos autos da Operação Ptolomeu III para o Ministério Público Federal, a fim de que a Procuradoria se manifeste sobre pedidos de acesso formulados entre os dias 9 e 13.

A ministra destacou que pediu ‘urgência’ na elaboração do parecer da Procuradoria.

O acesso aos autos da Ptolomeu ainda é objeto de uma ação de reclamação constitucional no Supremo Tribunal Federal. O processo, movido por advogados de alvos da Ptolomeu, foi distribuído para relatoria da ministra Cármen Lúcia.

Os advogados atribuem à Nancy Andrighi ‘impedimento ao acesso aos autos do processo’.

A terceira etapa da Ptolomeu foi deflagrada na quinta-feira, 9, para cumprir 89 mandados de busca e apreensão em endereços do Acre, Piauí, Goiás, Paraná, Amazonas, Rondônia e Distrito Federal.

O Superior Tribunal de Justiça determinou a indisponibilidade de R$ 120 milhões dos investigados. O confisco atinge mansões, apartamentos, carros e até aeronaves.

O governador Gladson Cameli (PP) teve o passaporte apreendido no bojo da investigação. Seus familiares também constam na lista de investigados. Nancy Andrighi decretou a suspensão das atividades econômicas, por 90 dias, de construtoras ligadas à família de Cameli.

A operação é um desdobramento do inquérito que identificou suposta ‘organização criminosa, controlada por agentes políticos e empresários ligados ao Poder Executivo estadual acreano, que atuavam no desvio de recursos públicos, bem como na realização de atos de ocultação da origem e destino dos valores subtraídos’.

Segundo a Controladoria-Geral da União, o grupo sob suspeita fraudava contratações públicas no Acre com recursos da saúde, da educação e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), relacionadas à execução de obras de infraestrutura e serviços de manutenção predial.

Os investigadores apuram supostas fraudes em contratações, superfaturamento de contratos, pagamento de vantagens indevidas e lavagem de capitais para promover o enriquecimento ilícito de servidores públicos.

COM A PALAVRA, O GOVERNADOR DO ACRE

Quando a Operação Ptolomeu foi deflagrada, na quinta, 9, Gladson Cameli divulgou nota.

A respeito das ações da Operação Ptolomeu, promovida pela Polícia Federal, o governador do Acre, Gladson Cameli, tem a declarar que:

a. Essa é mais uma etapa da operação de mesmo nome. Com o andamento do processo, o governador confia que tudo será apurado e esclarecido;

b. Mais uma vez, o governador se coloca à disposição das autoridades, colaborando com mais essa etapa das investigações;

O governador reafirma o seu apoio e confiança na Justiça, para que a verdade sempre prevaleça.

Da redação do Diário do Acre, com informações de Pepita Ortega, do Estadão.

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