Produtor recebe menos, mas preço do café não cai no supermercado

A discrepância entre o valor do café no varejo e no campo chama atenção em 2025. Enquanto o consumidor paga mais caro, produtores já observam recuo nas cotações desde março, depois do começo da colheita nacional.

Valor médio mensal do café arábica

No mercado rural, o café arábica, principal variedade produzida no Brasil, registrou queda de 17% no valor médio mensal em junho perante fevereiro.

Especialistas afirmaram ao portal g1 que a redução dos preços para o consumidor deverá ocorrer de forma gradual a partir do segundo semestre deste ano, mas a tendência é que se intensifique apenas em 2026, se não houver problemas de safra. O repasse do campo ao varejo costuma ser lento.

Desde março, a inflação do café tem desacelerado mês a mês, segundo o IBGE. Fernando Maximiliano, analista da StoneX Brasil, explicou ao g1 que “existe um tempo entre o processo de colher o café, de secar, de beneficiar, até chegar à mão da indústria para ser torrado”. A colheita no Brasil ocorre de março a setembro.

A safra no Brasil

Entre os fatores para a queda das cotações no campo estão o bom andamento da colheita no Brasil desde março e a perspectiva de melhora nas safras do Sudeste Asiático. Além disso, o consumo interno caiu diante do aumento dos preços.

Com o pico da colheita em junho e julho, a expectativa é que o preço da saca continue caindo para os produtores.

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