Produtora acreana se consagra entre os 100 melhores cafés femininos do Brasil

Evidenciando a força feminina da cafeicultura acreana, a produtora Nathalia Santos conquistou posição de destaque entre os 100 melhores cafés produzidos por mulheres no país, na 4ª edição da categoria Canéfora do concurso Florada Premiada. O reconhecimento ocorreu durante a Semana Internacional do Café (SIC), nesta sexta-feira, 7.

Aos 27 anos, Nathalia cultiva café há apenas três anos e já possui seis hectares dedicados à produção. Estar entre as melhores no maior concurso feminino da cafeicultura brasileira representa, para ela, a realização de um sonho.

“É muita felicidade. Viemos pela primeira vez e isso já representa muito. Não conseguimos ficar entre os 20, mas estamos entre os 100. É muito gratificante receber essa honraria. Vamos continuar e, no ano que vem, se Deus quiser, estaremos em uma posição ainda melhor”, declarou Nathalia.

O prêmio contribui para a visibilidade, inclusão e desenvolvimento da cafeicultura feminina no Brasil, reforçando um movimento crescente de reconhecimento e profissionalização das mulheres no campo.

Concurso representa a valorização feminina no campo. Foto: Ingrid Kelly/Secom

O apoio do governo estadual tem sido contínuo na vida dos pequenos produtores. A Secretaria de Estado de Agricultura (Seagri) garante condições para que o trabalho no campo seja realizado com excelência e qualidade.

Para Nathalia, esse impulso é fundamental para seguir firme e acreditar no próprio potencial: “O governo incentivando, nos ajuda a crescer e aprender mais.”

A coordenadora do Núcleo da Cafeicultura da Seagri, Michelma Lima, destacou que este resultado evidencia a representatividade, a inclusão e a pluralidade da cadeia produtiva do café no Acre. Segundo ela, o prêmio é motivo de orgulho para todas as mulheres envolvidas no setor.

No Acre, Michelma é uma das principais figuras femininas no setor. Foto: Ingrid Kelly/Secom

“É um exemplo para as outras produtoras. A mulher sempre esteve presente na cafeicultura, mas, por muito tempo, apenas na etapa da colheita, enquanto o homem era visto como o responsável pela produção. Hoje é diferente. A mulher conquista seu espaço, gere a propriedade e produz café especial. Isso representa um marco para nós da cafeicultura e, em especial, para o Acre”, afirmou Michelma.

Tópicos:

Nossa responsabilidade é muito grande! Cabe-nos concretizar os objetivos para os quais foi criado o jornal Diário do acre