O jornalista baiano Leonardo Coutinho, depois de uma longa pesquisas em vários países, escreveu o livro Hugo Chaves – O Espectro, com um subtítulo que é um resumo da obra: Como o presidente venezuelano alimentou o narcotráfico, financiou o terrorismo e promoveu a desordem global.
Sobre o que se tornou a antes próspera Venezuela, que já foi uma das democracias mais estáveis do subcontinente (América do Sul), disse Leonardo Coutinho: …a Venezuela, que era um petroestado, passou a ser um narcoestado, para enfim evoluir para uma versão mais complexa de hibridação entre o poder político e o crime, cuja melhor definição seria de um estado-narco. O governo venezuelano deixou o status de parceiro do crime para ser o ator principal no tráfico de cocaína.
Um dos métodos para controle social da população da Venezuela, usado por Hugo Chaves e seu sucessor Nicolás Maduro, é a fome. Diz o escritor: Em Cuba, como foi reproduzido na Venezuela, a privação de alimentos sempre foi uma das ferramentas fundamentais de controle social.
Todos temíamos que o Brasil virasse uma Venezuela. E essa perspectiva quem a admite é alguém que veio da esquerda, cuja biografia o autoriza a fazer essa denúncia. Isto é, de que a Amazônia pode se transformar em uma nova Venezuela, controlada pelo crime, se para os nossos jovens não forem criadas perspectivas de trabalho.
Aldo Rebelo, que foi ministro da defesa do Governo Lula, com experiência de mais de 40 anos no Parlamento Brasileiro, que foi militante ativo do Partido Comunista, diz que a Amazônia hoje é controlada pelo narcotráfico e pelas ONGs internacionais, que defendem interesses de países estrangeiros.
Para Aldo Rebelo, a Amazônia vive sob um bloqueio. O jornalista o interroga de onde vem tal bloqueio. Indaga se vem de pressões internacionais, com o que ele concorda. Para Aldo Rebelo a Amazônia tem dois Estados que a controla. Um Estado formal, com as suas instituições, e o outro é o crime organizado.
Dada a proximidade com o Peru e a Colômbia, que já controlam nossas fronteiras através do narcotráfico, se os nossos jovens não forem encaminhados pela ocupação do trabalho, fatalmente vão ser recrutados para o crime organizado, especialmente para o narcotráfico.
Na campanha eleitoral para a presidência da República em 2022, o então candidato Lula da Silva, sobre o agronegócio disse o seguinte: O Agronegócio é fascista e Direitista. Uma vez na presidência da República do Brasil, estamos vendo que o que Aldo Rebelo denunciou – A Amazônia virar um Estado sob o império do narcotráfico – ganha mais plausibilidade.
A ApexBrasil tem a missão de promover as nossas exportações e investimentos. É sua função apoiar empresários, atrair investimentos estrangeiros diretos, e valorizar os produtos e serviços brasileiros fora do Brasil. As declarações de Jorge Viana na China, presidente da Apex, causaram espanto aos empresários do agronegócio.
O deputado federal Lupion, que é da Frente Parlamentar do Agronegócio (PP-PR), tanto em discurso no Parlamento (Câmara Federal), como em várias entrevistas que deu sobre as declarações do Presidente da Apex, disse não acreditar que foi apenas um equívoco. Acha que tudo isso é parte de um método. Relatou que esteve em outro evento com Jorge Viana em Brasília, em que ele demonstrou o mesmo desprezo pelo agronegócio. Fez lembrar as palavras do então candidato Lula da Silva, quando disse que o agro é fascista e direitista.
Para o deputado federal Lupion (PP-PR), isso tudo que vem ocorrendo com o agronegócio brasileiro revela um método.
A mais importante pauta do jornalismo dessa semana no Estado do Acre foi a ação do IBAMA contra criadores de gado. Foi manchete de sites da Região: IBAMA PODE APREENDER MAIS DE 500 MIL CABEÇAS DE GADO NO SUL DA AMAZONAS. DEPUTADOS QUESTIONAM O ÓRGÃO.
A manchete que segue refere-se à realidade acreana: IBAMA EMBARGA 221 FAZENDAS EM ACRELÂNDIA POR DESMATEMENTO ILEGAL E DONOS PODEM ATÉ PERDER O REBANHO.
Vê-se que a pressão sobre o agronegócio, especialmente na Amazônia, tem método. E aqui vale reproduzir o que foi dito alhures como método de controle social pela fome: Em Cuba, como foi reproduzido na Venezuela, a privação de alimentos sempre foi uma das ferramentas fundamentais de controle social.
Ora, ao prevalecer essa política de perseguição ao agronegócio, como vem sendo feita pelo IBAMA, não restará outro caminho para a juventude da Região, que não enveredar pelo caminho da criminalidade, situação recentemente denunciada pelo ex-ministro Aldo Rebelo, que afirma que o narcotráfico já é um Estado paralelo controlando a Amazônia.
A redação do Diário do Acre ouviu o Defensor Público aposentado, atualmente advogado criminalista, Valdir Perazzo, como seria a melhor estratégia para enfrentar essa onda de perseguição ao agronegócio na Amazônia, que, em prevalecendo, vai desestruturar a economia da Região, encerrando muitas atividades econômicas.
Valdir Perazzo fez lembrar a estratégia quando do fisco da poupança dos brasileiros pelo Governo Collor de Melo, no início dos anos 90, do Século Passado. Sem demérito para a classe política – cuja ação pode ser muito importante em médio e longo prazo – no curto prazo se faz necessário que se abarrote os tribunais em reação aos embargos e notificações feitas pelo IBAMA, nos mesmos moldes como foi feito durante o Plano Collor.
Depois de muitas ações movidas contra o confisco da poupança dos brasileiros, o referido confisco ficou completamente desmoralizado.
Portanto, segundo Valdir Perazzo, a estratégia é ingressar em juízo imediatamente contra as notificações feitas pelo IBAMA!