A executiva municipal do PSDB em São Paulo decidiu expulsar membros do partido que manifestaram apoio à candidatura de Ricardo Nunes, do MDB, à reeleição para a prefeitura. O presidente do diretório municipal, José Aníbal, confirmou que o processo de expulsão já está em andamento. Os tucanos que optaram por apoiar Nunes, em vez do candidato oficial do PSDB, José Luiz Datena, estão sendo notificados sobre a expulsão, embora ainda tenham a possibilidade de recorrer. Entre os nomes afetados pela decisão estão Fabrício Cobra, secretário da Casa Civil, Fernando Padula, secretário de Educação, e Fábio Lepique, secretário executivo na gestão de Nunes. Lepique, que já foi expulso, criticou a decisão em uma publicação nas redes sociais. Ele afirmou que a candidatura de Datena não terá mais que 5% dos votos e classificou a decisão de lançar um candidato próprio como arbitrária. Ele também mencionou que figuras como Aécio Neves e Eduardo Leite devem explicações a líderes históricos do partido.
Paralelamente, o PSDB rejeitou a expulsão de José Luiz Datena, apesar de um pedido formal assinado por 42 membros do partido. O pedido foi motivado por um incidente em que Datena agrediu o adversário Pablo Marçal (PRTB) durante um debate. A executiva do PSDB considerou as acusações infundadas, afirmando que o incidente não violou normas do partido. Essa decisão gerou controvérsia dentro do tucanato, especialmente considerando a severidade com que foram tratados os apoiadores de Nunes.