A bancada do PT na Câmara tentou agilizar, nesta quarta-feira, 19, a apreciação de um projeto que classifica como hediondo o crime de pedofilia, mas a estratégia foi barrada pela base do governo de Jair Bolsonaro (PL), informa o Estadão.

Os deputados petistas agiram na sequência dos ataques da campanha de Lula (PT) em razão da fala do presidente a um podcast sobre seu encontro com meninas venezuelanas na periferia de Brasília — Bolsonaro disse que “pintou um clima”. Nesta semana, ele teve de gravar um vídeo se desculpando pela expressão.

Os deputados acreanos Flaviano Melo (MDB), Mara Rocha (MDB), Jéssica Sales (MDB), Vanda Milani (PROS) e Antônia Lúcia Câmara (Republicanos) votaram contra a prioridade. 

Votaram a favor os deputados Léo de Brito (PT) e Perpétua Almeida (PCdoB), aliados do candidato petista Luís Inácio Lula da Silva – o deputado Jesus Sérgio (PDT) se ausentou da votação.

A maioria seguiu a orientação do governo e votou, por 224 votos a 135, contra o requerimento que colocaria o projeto como o primeiro item da pauta de votação. A sessão foi encerrada sem a apreciação da proposta.