Queimadas geram prejuízo de R$ 1,2 bilhão no setor de cana-de-açúcar, apontam Associações de Produtores

A Organização de Associações de Produtores de Cana do Brasil (Orplana) divulgou nesta sexta-feira, 13, uma nova estimativa de prejuízos no setor devido às queimadas recentes. Entre 23 de agosto e 10 de setembro, mais de 3 mil focos de incêndio foram registrados, resultando na queima de 181 mil hectares de áreas de cana-de-açúcar e rebrota no estado de São Paulo, com perdas estimadas em R$ 1,2 bilhão.

O impacto financeiro inclui danos à cana em pé, nas soqueiras, na qualidade da matéria-prima, além de custos elevados de replantio e manejo. Segundo o CEO da Orplana, José Guilherme Nogueira, o custo de renovação do canavial chega a R$ 13,5 mil por hectare, e até as áreas que não precisarem de replantio exigirão manejo e nutrientes adicionais devido à perda da cobertura de palha.

A Orplana, que representa mais de 12 mil produtores, alerta que a recuperação das plantações depende das chuvas, que ainda são incertas para os próximos meses. A entidade também sinaliza que as condições climáticas adversas podem impactar a safra futura, mas que é cedo para previsões definitivas.

Em Mato Grosso, o Corpo de Bombeiros informou que está combatendo 49 focos de incêndio em 30 municípios. No estado, já foram extintos 116 incêndios florestais desde o início do período proibitivo de uso do fogo. Ao todo, 974 focos de calor foram registrados, concentrados no Cerrado, Amazônia e Pantanal. O Corpo de Bombeiros destaca que focos de calor isolados não necessariamente indicam incêndios florestais, mas quando há acúmulo, as chances de um grande incêndio aumentam.

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