Tendo em vista as últimas discussões em torno das possíveis parcerias comerciais entre o Acre e o Peru, rumo ao Pacifico, a redação do Diário do Acre publica um artigo do defensor público aposentado, e atualmente advogado criminalista, Dr. Valdir Perazzo, um dos criadores do Instituto Liberal do Acre (ILAC). Valdir aponta Wanderley Dantas como o principal defensor para essa integração Latino-Americana. O texto foi escrito em dezembro de 2021.
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O saudoso governador Dantas era um visionário. Ainda no início dos anos 70, tinha a visão clara de que o Brasil, através do Acre, precisava se conectar com o sistema rodoviário que o levasse à saída pelo Oceano Pacífico. Chegou a asfaltar parte da BR-317, até Capixaba.
Além dessa visão de estadista relativa à integração rodoviária do subcontinente (América do Sul), que foi bandeira parlamentar de Franco Montoro, durante toda sua vida, tinha outra visão sobre o desenvolvimento do Acre que é genial.
Francisco Wanderley Dantas só concebia o desenvolvimento do Acre atrelado a um projeto de Brasil. Suas ideias – lúcidas ideias – eram diametralmente opostas aos pré-candidatos que acreditam que podem governar o Acre sendo de oposição ou até mesmo, agindo com dubiedade em relação ao governo central.
Eis o que dizia em seu projeto de governo (Plano Oeste):
“A Administração que se inicia conduzirá o Estado a participar, efetivamente, do esforço nacional em que se empenha o governo Central, adotando as teses e assumindo as posições indicadas nas Metas e Bases definidoras da política e da ideologia que nos colocam no caminho certo do desenvolvimento”.
Um comentário sobre o texto acima. O que quis dizer Dantas? O Estado do Acre, para desenvolver-se, teria que ser parceiro do governo nacional. Com este (governo nacional), fazer um esforço comum. Ter a mesma ideologia do governo federal, isto é, anticomunista. “Dois que não estão de acordo, não caminham juntos”, diz a Bíblia.
O que se observa no discurso de pré-candidatos ao governo do Acre? Acreditam que podem governar o Acre sendo contra Jair Bolsonaro ou que, em relação ao presidente, não há necessidade de fidelidade absoluta, e flertar com governos socialistas como o do Dória.
Vejo no Acre dois políticos que têm seguido, de forma muito coerente, as diretrizes do governo federal, isto é, um projeto liberal na economia e conservador relativamente aos costumes: a deputada federal Mara Rocha e o senador Marcio Bittar. Esses podem ser o farol para o rumo a ser seguido pelo povo do Acre.
