Quem vai suceder Bolsonaro nas próximas eleições? CEO do Paraná Pesquisas avalia

O cenário político eleitoral no Brasil entra em um momento de indefinição após a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro neste sábado (22), por violação da tornozeleira eletrônica, de acordo com informações da Polícia Federal. Segundo Murilo Hidalgo, CEO da Paraná Pesquisas. O impacto real deste evento nas intenções de voto só poderá ser mensurado com pesquisas realizadas na próxima semana.

Hidalgo ressalta que, com a inelegibilidade de Jair Bolsonaro — cujo cenário é praticamente irreversível —, o foco se volta para a sucessão. O sobrenome Bolsonaro, por si só, possui uma alta capacidade de transferência de votos, que o analista estima entre 20% e 25% para qualquer membro da família que entre na disputa.

  • Michelle Bolsonaro: Pelas pesquisas anteriores ao fato, a ex-primeira dama apresenta o maior índice de intenção de voto dentro da família, sendo o nome mais testado contra o atual presidente Lula.
  • A disputa: A principal questão agora é se a família optará por manter a polarização disputando as eleições de 2026 com um nome Bolsonaro (presidente ou vice) ou se apoiará outro candidato de direita. O sobrenome, no entanto, também carrega uma alta rejeição.

O analista destaca a “gangorra” na popularidade do presidente Lula, que subiu de 6 a 8 pontos após a questão do “tarifaço” (relacionada ao custo de vida) e caiu de 4 a 6 pontos após o episódio da segurança pública no Rio de Janeiro. O eleitorado que oscila, estimado em 6% a 8%, é o público-chave que deve decidir as próximas eleições, tornando o pleito de 2026 muito equilibrado, seja qual for o candidato da situação ou da oposição.

 Os temas que mais interessam à maioria da população e a este público oscilante são segurança, saúde e economia. Contudo, o debate político atual tem deixado pouco espaço para estas pautas, focando majoritariamente em questões político-judiciais.

Candidatos da oposição

Entre os governadores de oposição com bom desempenho, Murilo Hidalgo aponta que nomes como Tarcísio de Freitas (São Paulo) e Romeu Zema (Minas Gerais) têm maior capital eleitoral. No entanto, a forte polarização entre o campo bolsonarista e o campo lulista é uma grande barreira que dificulta a ascensão de outros players ao cenário nacional.

Assista à entrevista com o CEO do Paraná Pesquisas

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