AgriZone, iniciativa da Embrapa em Belém, será uma vitrine de tecnologia, ciência e sustentabilidade, com mais de 400 eventos e ampla participação de governos, ONGs e instituições.
A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) marca presença na COP30, que começa nesta segunda-feira (11), em Belém (PA), com uma iniciativa inédita e ambiciosa: a AgriZone, um espaço dedicado a apresentar ao mundo as inovações e soluções sustentáveis da agricultura brasileira. Aberto ao público mediante inscrição gratuita, o ambiente contará com cerca de 400 eventos, exposições e experiências interativas, destacando o papel do agro na agenda climática global.
Em entrevista ao CB.Agro — parceria do Correio Braziliense com a TV Brasília —, o pesquisador Jorge Werneck, da Embrapa Cerrados, explicou que o projeto foi concebido há cerca de um ano com o objetivo de dar visibilidade internacional ao setor agrícola nacional. “A Embrapa imaginou um projeto para aproveitar que a COP30 seria aqui e, além de mostrar as questões das florestas, também evidenciar o desenvolvimento do setor agrícola brasileiro, que é um exemplo para o mundo. Somos um país que alimenta cerca de 10% da população mundial”, destacou.
Segundo Werneck, a criação da AgriZone é resultado de um amplo processo de diálogo com diferentes setores da sociedade. Ao longo do último ano, a Embrapa promoveu a chamada Jornada pelo Clima, uma série de encontros e debates realizados em diversos biomas brasileiros. “Convidamos especialistas, representantes da sociedade civil e pessoas que trabalham com o agro e o meio ambiente para levantar desafios e oportunidades. Foram mais de 100 palestrantes e 2 mil participantes. A ideia foi entender como o Brasil pode se posicionar e se mostrar ao mundo”, contou o pesquisador.
O espaço em Belém contará com cinco auditórios e programação simultânea durante as duas semanas do evento. “Teremos uma grande estrutura, organizada pela Embrapa com o apoio do Ministério da Agricultura e de outros parceiros. Serão milhares de pessoas debatendo temas que envolvem ciência, sustentabilidade, tecnologia e inovação no campo”, explicou Werneck.
Com uma proposta inclusiva e colaborativa, a AgriZone foi pensada como um fórum de diversidade e diálogo. De acordo com o pesquisador, 25% das sessões serão conduzidas por governos — nacionais e internacionais —, enquanto ONGs, empresas e instituições de ensino e pesquisa responderão, cada um, por cerca de 15% da programação. “Faremos um evento plural, com diferentes vozes sendo ouvidas. A ideia é que todos possam dialogar, aprender e cooperar”, concluiu Werneck.




