Raiva bovina preocupa produtores após registros em Mâncio Lima e Cruzeiro do Sul

O Instituto de Defesa Agroflorestal do Acre (IDAF) confirmou, nesta semana, quatro novos casos de raiva animal na região do Vale do Juruá. Três deles foram registrados no município de Mâncio Lima e um em Cruzeiro do Sul. Outros casos suspeitos ainda estão em investigação pelas autoridades competentes.

Segundo o médico veterinário do IDAF, Luiz Leite, a raiva é uma zoonose que afeta não apenas cães e gatos, mas também rebanhos, como o gado. A principal forma de transmissão é pela mordida de morcegos hematófagos, que se alimentam de sangue.

“Os animais infectados costumam apresentar sintomas neurológicos, como dificuldade para andar, tremores, salivação excessiva, queda e, geralmente, morte em cerca de cinco dias. Ao identificar qualquer alteração de comportamento, o produtor deve acionar o IDAF imediatamente, dentro de um prazo de 24 horas”, orientou o veterinário.

Risco e prevenção

A raiva bovina é causada por um vírus da família Rhabdoviridae e compromete o sistema nervoso central, podendo provocar convulsões, paralisia respiratória e até hidrofobia. Na maioria dos casos, a doença é fatal, causando grandes prejuízos ao produtor de leite.

O principal transmissor em bovinos é o morcego hematófago. A fonte de infecção sempre é um animal contaminado, e o método de transmissão mais comum é a mordida.

As autoridades reforçam que produtores e trabalhadores do setor devem evitar contato direto com saliva ou fezes de animais infectados. Como se trata de uma zoonose, a raiva pode ser transmitida ao ser humano, o que exige atenção e rapidez na comunicação de qualquer caso suspeito ao IDAF.

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