Reabertura da Casa de Chico Mendes: reflexões sobre o legado controverso do líder seringueiro

Nesta sexta-feira, 10, a Casa de Chico Mendes, em Xapuri, reabriu suas portas após quatro anos fechada. A revitalização do espaço, com um investimento de R$ 92 mil, foi conduzida pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). 

A reinauguração contou com a representação do governo federal pelo presidente do Iphan, Leandro Grass, já que a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, que estava inicialmente prevista para participar, cancelou a agenda.

A figura histórica de Chico Mendes, embora indiscutivelmente relevante, suscita questionamentos devido às influências e narrativas ideológicas que a cercam. A associação a eventos que buscam resgatar a memória de Chico Mendes frequentemente é interpretada como alinhamento político ao Partido dos Trabalhadores (PT). O líder seringueiro é, inegavelmente, uma figura controversa na história do Acre.

A esquerda têm o hábito de criar falsos heróis para sustentar suas ambições políticas. Chico Mendes, segundo essa perspectiva, seria apenas mais um desses exemplos.

Em meio às discussões, emerge como contraponto a Frente Parlamentar Mista Invasão Zero, recentemente lançada e já contando com aproximadamente 200 deputados e senadores. Encabeçada pelo deputado federal Luciano Zucco, e com o ex-ministro do Meio Ambiente, agora deputado, Ricardo Salles como primeiro vice-presidente, a frente tem como objetivo combater invasões e questionar políticas ambientais.

No Acre, estado natal de Chico Mendes, o deputado estadual Afonso Fernandes (PL) lidera a articulação em torno da criação da Frente Parlamentar Invasão Zero na Assembleia Legislativa do Estado do Acre (Aleac). Este movimento reforça uma perspectiva favorável ao desenvolvimento econômico, especialmente no setor agropecuário.

É fundamental lembrar a trajetória da Frente Popular (FPA), que governou o Acre por duas décadas. Durante esse período, a chamada “florestania” como um modelo de desenvolvimento se revelou falida. Sob a gestão do PT, o agronegócio e o setor rural foram largamente negligenciados, contribuindo para a estagnação econômica em detrimento de uma visão mais equilibrada do desenvolvimento. A falta de investimento em setores-chave, como o agronegócio, não apenas limitou as oportunidades de crescimento econômico, mas também deixou os jovens acreanos com poucas perspectivas. Quando não entregues nas mãos das facções criminosas, buscando melhores oportunidades em outros estados.

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