De acordo com boletim médico divulgado na tarde desta sexta-feira, 25, o processo de recuperação do ex-presidente Jair Bolsonaro inclui fisioterapia e ajustes de medicação.
Segundo os médicos, o ex-presidente “iniciou reabilitação com fisioterapia, otimização de analgesia e medidas farmacológicas para prevenção de trombose”.
“Foram realizados ajustes das medicações para soluço e para doença do refluxo gastro-esofágico”, continua a nota. “No dia de hoje, não há previsão de novos exames complementares ou procedimentos.”
Mais cedo, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro havia relatado melhora no quadro de saúde do ex-presidente e o início da fisioterapia.
Nesta quinta-feira, 25, Bolsonaro passou por mais uma cirurgia desde o atentado a faca sofrido durante a campanha eleitoral de 2018, em Juiz de Fora (MG).
O procedimento foi uma herniorrafia inguinal bilateral, destinada a corrigir duas hérnias na região da virilha, uma de cada lado.
Cirurgia e histórico médico de Bolsonaro
Desde o atentado a faca sofrido em 2018, Jair Bolsonaro passou por diversas intervenções médicas. Das 12 cirurgias realizadas até agora, oito tiveram relação direta com complicações decorrentes do ferimento abdominal ou com as consequências de procedimentos anteriores.
De acordo com a equipe médica, o agravamento recente do quadro ocorreu, em parte, em razão de um soluço persistente, classificado como refratário ou crônico.
Segundo os especialistas, o sintoma está associado a alterações abdominais provocadas tanto pela facada quanto pelas múltiplas cirurgias realizadas ao longo dos últimos anos.
Nos últimos sete meses, conforme detalhou a equipe médica, os episódios frequentes de soluço elevaram a pressão intra-abdominal, fator que contribuiu para o surgimento e a progressão das hérnias inguinais, resultando em um quadro bilateral.
O procedimento
Bolsonaro foi submetido a uma herniorrafia inguinal bilateral por técnica convencional aberta, considerada a mais adequada à sua condição clínica.
A equipe médica optou por não utilizar a laparoscopia — método que envolve pequenas incisões e o uso de câmera —, preferindo a abordagem tradicional.
Segundo os médicos, a hérnia inguinal ocorre quando parte do intestino ou do tecido abdominal protrai por uma área enfraquecida da parede muscular, formando uma abertura próxima à virilha.
Durante a cirurgia, esse orifício é fechado e reforçado com uma tela de polipropileno, material sintético compatível com o organismo, que se integra aos tecidos.
A técnica envolveu incisão bilateral na região da virilha, reposicionamento do conteúdo abdominal e aplicação da tela para reforço da musculatura, com o objetivo de evitar novas protrusões e assegurar a recuperação da parede abdominal.



