Reeleição de Lula; recados para Zanin, STF e militares: o que diz a nova resolução do PT

O PT publicou, nesta quarta-feira, 30, uma resolução com 37 compromissos, entre eles, a reeleição de Lula. O texto tem ainda críticas veladas ao ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF) e recados ao presidente da Câmara, Arthur Lira, e militares.

A maioria dos integrantes do conselho, composto de 100 membros, participou do evento, cujo objetivo principal era discutir as eleições municipais do ano que vem. Pautas polêmicas, contudo, não ficaram de fora das discussões da legenda.

De acordo com o documento, “as eleições municipais de 2024 demarcam um momento estratégico para a construção de uma sólida aliança popular e democrática”. Com isso, o PT esperar promover “a recondução do Governo Lula em 2026”.

No tópico 29, o PT afirma que o “neste terceiro governo Lula, prepara-se as bases não apenas para um quarto governo Lula, cuja eleição de 2024 é um momento essencial, mas deve buscar consolidar um amplo bloco de alianças na sociedade”.

Conforme o PT, para que essa estratégia dê certo, é preciso “promover a mobilização social no maior número possível de municípios para a construção política de muitas vitórias eleitorais para mudar a realidade das cidades e localidades”. Sendo assim, a legenda quer “contribuir com as transformações necessárias no país, para reeleger Lula em 2026 e fortalecer o projeto democrático e popular de país”.

Recados do PT a Zanin e Rui Costa

No documento, o PT dá ainda diretrizes ao STF e alfineta Zanin. “No momento em que o Supremo Tribunal Federal deve retomar o julgamento do ‘marco temporal’, manifestamos a expectativa de que a Suprema Corte reafirme os direitos dos povos indígenas, como ocorreu em decisões anteriores”, disse o partido. “Esta expectativa de uma atuação em defesa da civilização é reforçada por recentes decisões e avanços do STF neste sentido. São eles: a equiparação da ofensa contra pessoas LGBTQIA+ ao crime de injúria racial; a abertura de ação sobre a violência contra povos indígenas Guarani-Kaiowa pela Polícia Militar de Mato Grosso do Sul; a manutenção, ainda que parcialmente, do princípio da insignificância e o avanço na descriminalização do porte de cannabis para uso pessoal, passo importante para a mudança na equivocada e letal política de guerra às drogas.”

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, também entrou na mira da sigla. Isso porque a legenda enfrenta um mal-estar na Bahia, onde Costa governou por muitos anos. A letalidade da polícia naquele Estado supostamente é uma das maiores do país. Dessa forma, o PT testa se afastar dessa imagem.

“A violência é um método inaceitável de ação por parte das polícias estaduais, que atinge a população mais jovem, pobre e preta do nosso país, assim como tem incidência nos próprios policiais”, observa o partido. “Os governadores têm a oportunidade e o desafio, junto com o governo federal, de mudar situações como essas, buscando enfrentar as organizações criminosas com base numa política maior de inteligência e investigação.”

Militares e Lira

Sobre os militares, o PT defende a punição daqueles que participaram “dos atos golpistas” no início do ano para que “se impeça de a volta de uma articulação contra a democracia”. Quanto a Lira, o recado é no sentido de o presidente da Câmara desistir da reforma administrativa em tramitação na Casa. De acordo com o PT, a medida faz parte de um “projeto neoliberal derrotado nas urnas em 2022”.

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