Uma dupla se destaca na disputa pelo comando da Câmara de Rio Branco a partir de 2025: Samir Bestene (Progressistas), reeleito com 5.704 votos, e Joabe Lira (União-AC), com seus 4.089 votos. Ambos articulam uma aliança que, a julgar pelo cenário atual, pode consolidar uma hegemonia política tão sólida quanto a que vemos na Aleac, onde Nicolau Júnior e Luiz Gonzaga revezam de dois em dois anos o comando da mesa diretora entre a presidência e a primeira-secretaria, os principais cargos da casa, segundo comentários da imprensa. 

Não se trata apenas de votos, mas de uma articulação política que conta com o respaldo — discreto, porém efetivo — do Palácio Rio Branco e da Prefeitura. Embora Bocalom faça questão de dizer publicamente que não interfere, nos bastidores ele é a grande força em favor de Joabe, seu aliado incondicional. O apoio do prefeito ao jovem vereador é total, algo que não se encontra todo dia no meio político. Já Bestene, com sua habilidade afiada de articulação e larga experiência, é o nome natural para liderar o primeiro mandato à frente da Câmara.

A força dessa dupla não está apenas na quantidade de votos, mas na articulação silenciosa que já corre pelos corredores. Os partidos que elegeram 13 vereadores, todos apoiadores de Bocalom, garantem uma confortável maioria.

O acordo entre Joabe e Bestene, claro, ainda está sendo refinado. Há quem diga que Bestene deve assumir a presidência primeiro, pavimentando seu caminho para a Assembleia Legislativa em 2026, enquanto Joabe aguardaria para comandar a Câmara em seguida.

Joabe já confirmou que está à disposição para essa composição e reconhece que a dobradinha entre União Brasil e PP é mais que viável, especialmente com o PP ocupando a vice-prefeitura. Samir, por sua vez, é pragmático: há interesse, há conversas, mas nada está fechado — ainda. Contudo, é difícil imaginar que o PP, União Brasil e PL não componham os principais cargos da mesa diretora.