Senador Bittar apoia obra estruturante do Acre: Estrada Cruzeiro do Sul à Pucallpa

Na última terça-feira (24.05.2022), eu e o Secretário de Estado do Desenvolvimento Urbano – SEDUR, arquiteto e urbanista Luiz Felipe Aragão, fomos entrevistados pelo jornalista M JOTA, em seu programa “Foco da Notícia”, TV Boas Novas, Canal 50.2, e transmitido pela Rádio Boas Novas, entrevista levada ao ar das 07 às 08  horas da manhã. 

O Secretário e eu defendemos a obra de integração do Brasil com o Perú, através da construção de uma estrada rodoviária ligando Cruzeiro do Sul à cidade peruana de Pucallpa, que já foi objeto de uma audiência pública realizada pela Assembleia Legislativa do Estado do Acre.

A audiência pública foi uma proposta do deputado estadual Roberto Duarte, pré-candidato a deputada federal pelo Republicanos. Compareceram à audiência vários deputados estaduais, que se manifestaram em defesa do projeto, sob a condição de preservação do meio ambiente, na opinião de todos um projeto importantíssimo para gerar emprego e renda para os acreanos.  

Nosso objetivo foi fazer um contraponto ao documento intitulado “ANÁLISE CUSTO-BENEFÍCIO DA INTERLIGAÇÃO TERRESTRE DE PUCALLPA – CRUZEIRO DO SUL”, que teve apoio da Fundação Nia Tero (em esperanto significa nossa terra). É uma fundação com sede no exterior (Estados Unidos), defensora da causa indigenista.  

Esse documento divulgado em março de 2022, teve ampla repercussão nos meios de comunicação do Estado do Acre. Sua conclusão é a seguinte: “O presente estudo de viabilidade econômica do projeto rodoviário Pucallpa – Cruzeiro do Sul conclui que o projeto não é economicamente viável. Com base nas premissas utilizadas aqui e na abordagem do excedente do consumidor, a construção de ambas as seções geraria mais custos do que benefícios aos usuários”. 

O Secretário de Desenvolvimento Urbano, arquiteto e urbanista Luiz Felipe Aragão, refutou o argumento conclusivo do documento, sob a alegação de que, os que assinam o referido documento como autores, sequer, estão qualificados. De igual forma, por outro motivo, argumentei que a conclusão não é convincente para deter uma obra da mais alta importância para a integração do Brasil com o Peru. 

Ponderei que, se o Presidente Juscelino Kubitschek, ao tomar a decisão de construir a BR 364, que liga Brasília à cidade de Cruzeiro do Sul, se tivesse ouvido a Fundação Nia Tero (pressupondo que existisse) e que se manifestou através dos profissionais que assinam o documento atual, com absoluta certeza, Rondônia e Acre ainda eram dois territórios, isolados do país. Não seriam dois Estados com a viabilidade que têm hoje. Especialmente o Estado de Rondônia, que adotou estratégia de desenvolvimento distinta do Acre. 

Ponderei que a proposta não pode ser vista apenas sob a ótica da viabilidade econômica, segundo interesses dos usuários, posto que se trata de uma obra importante para o projeto de Brasil que queremos. Por sua vez, a integração latino-americana é uma imposição da própria Constituição Federal, que em seu art. 4º, parágrafo único, estabelece: “A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações”.   

O documento ainda cogita – na alegação da inviabilidade do projeto – em supostos danos ambientais ao Parque Nacional da Serra do Divisor. O argumento não se sustenta. Mesmo porque, o Acre poderia auferir rendimentos da indústria do turismo se houvesse malha rodoviária que permitisse acessibilidade ao sítio ecológico. Turistas europeus, americanos e orientais, depois de fazerem turismo histórico no Perú, poderiam fazer turismo ecológico na Serra do Divisor. 

Um outro argumento falacioso é de que os povos indígenas da região, se estão isolados, é porque assim o desejam. Esse argumento é ilustrado com transcrição de manifestações de lideranças indígenas. O suposto desejo de isolamento de povos indígenas é a vontade oculta de quem os manipula, para interesses individuais inconfessos. 

Do livro de Dr. Plínio Correia de Oliveira, atualizado por Nelson Ramos Barreto e Paulo Henrique Chaves (Tribalismo Indígena – Ideal comuno-missionário para o Brasil no Século XXI), extraio depoimento de um índio que confirma o que acabamos de dizer. Ou seja, quem quer isolar os índios são os manipuladores. O índio quer integrar-se à nação brasileira. 

Getúlio Barbosa, tuxaua do Flexal, em Roraima, deu esse eloquente depoimento: “Somos brasileiros, queremos viver em paz com todos os brasileiros, os que vivem no município de Uiramutã. Os que não são índios são brasileiros também, nasceram aqui. Nós temos todos os documentos como os brasileiros, não queremos viver isolados. Os nossos companheiros que estão ligados ao CIR correm o mundo todo como nossos representantes, é mentira. Nós queremos continuar trabalhando, não queremos viver isolados, como bichos, a FUNAI proíbe muitas coisas”. 

Chegou às minhas mãos também, o seguinte livro: “Quem Manipula os Povos Indígenas contra o Desenvolvimento do Brasil”, da autoria de Lorenzo Carrasco e Sílvia Palácios, que gentilmente me emprestou o presidente da Federação da Agricultura do Estado do Acre, Assuero Veronez. Já o li. O livro denuncia como o Conselho Mundial de Igrejas, numa visão globalista/comunista, manipula os indígenas, contra o desenvolvimento do Brasil. 

Do livro extraio esse pequeno excerto, do qual se conclui quem são os manipuladores dos índios: “Órfã da derrocada do chamado socialismo real, grande parte da militância ambientalista-indigenista é constituída por antigos defensores do coletivismo marxista, que o trocaram por um novo milenarismo messiânico, agora, para salvar não mais o proletariado internacional, mas Gaia, a Mãe-Terra, do ímpeto destruidor de uma raça humana que se obstina progresso e, em especial, pela industrialização e modernização das economias de todas as nações”. Esses milenaristas (indigenistas-ambientalistas), contrários ao progresso, estão, de fato, a serviço da proposta do governo mundial (socialista). 

Um terceiro livro que chegou às minhas sobre esse tema do ambientalismo, cujo objetivo é travar o desenvolvimento do Brasil, especialmente da Amazônia,  é o de Dom Bertrand de Orleans e Bragança, intitulado “Psicose Ambientalista”, com o seguinte sub título: “Os Bastidores do Ecoterrorismo para Implantar Uma Religião Ecológica, Igualitária e Anticristã”. O argumento é o de que não nos deixemos enganar por este “Cavalo de Troia”. 

Somos o Estado, proporcionalmente, com um dos maiores índices de encarceramento do Brasil. São 120 mil pessoas desempregadas, num Estado com 800 mil habitantes. Mais de duas mil empresas com suas atividades encerradas. Um futuro sombrio para os jovens! Duas décadas perdidas!

Para retomarmos o crescimento do Acre, dando-se enfoque a integração com a América Latina (Peru), impõe-se a necessidade da desconstrução desse discurso ambientalista-indigenista que nos legou o atraso. Não será fácil! Todos os homens e mulheres desse Estado, com menos de 40 anos, foram formados sob a égide desse discurso falacioso do igualitarismo. Foi o erro da pobre Venezuela, que já foi um país rico e democrático. Apostou numa utopia que não deu certo em lugar algum.  

Assiste razão ao jovem Secretário de Estado de Desenvolvimento Urbano (SEDUR), arquiteto e urbanista Luiz Felipe Aragão em lutar no sentido da construção da estrada Cruzeiro do Sul – Pucallpa, que será a maior obra do Governo Federal no Estado, que, com certeza, vai gerar emprego e renda para muitos. 

Hoje pela manhã, em conversa com o deputado federal Alan Rick, obtive a informação de que não há mais qualquer óbice de ordem legal ou judicial para a construção da estrada Cruzeiro do Sul a Pucallpa. 

De parabéns o senador Márcio Bittar, um dos mais ardorosos defensores da construção da Estrada Cruzeiro do Sul à cidade de Pucallpa, no vizinho país peruano. Márcio Bittar, como verdadeiro estadista, tem envidado todos os esforços junto ao Governo Federal no sentido da construção de importante obra, sobretudo por ser a integração Latino – Americana – diz o Senador acreano – um mandamento constitucional, previsto no art. 4º, parágrafo único da Carta Política do Brasil. 

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