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Será que os candidatos em Rio Branco têm coragem de abrir mão do Fundo Eleitoral?

O deputado federal Amom Mandel (Cidadania-AM) está dando uma lição de moralidade e independência política que poucos têm coragem de seguir. Ele decidiu abrir mão dos recursos garantidos pelo fundo eleitoral à sua candidatura para a prefeitura de Manaus. É o primeiro candidato nas eleições para prefeito das capitais do Brasil a tomar tal atitude. E, francamente, é algo a ser celebrado.

“Dá pra fazer política sem meter a mão no teu bolso. O dinheiro que você paga nos impostos não deveria ir parar nas campanhas políticas de quem tem condições de usar recursos próprios e de quem está disposto a doar”, declarou Amom nas redes sociais.

E quanto aos candidatos à prefeitura de Rio Branco? Teremos algum deles com a mesma coragem? Tião Bocalom (PL), Marcus Alexandre (MDB), Jenilson Leite (PSB) e Emerson Jarude (Novo) estão no páreo. Dentre eles, apenas Emerson Jarude se pronunciou sobre o fundo eleitoral. O Novo, seu partido, sempre fez questão de destacar-se pela não utilização de dinheiro público, sobrevivendo de doações e contribuições dos filiados, mas parece que a diretriz deve mudar.

Jarude lançou um desafio que revela mais sobre ele do que ele imagina: só abre mão do fundo se Bocalom e Marcus Alexandre também o fizerem. “Olha, se o Marcus Alexandre e o Bocalom abrirem mão do fundo, eu abro também. Já fiz três campanhas sem, fazer mais uma não tem problema algum, não. Está lançado o desafio. Convença eles”, disse, revelando uma lógica infantil que mais se assemelha a um jogo de quem pisca primeiro do que a uma postura de princípios.

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