Mesmo com bilhões investidos no agronegócio, o Sicoob é um dos grandes patrocinadores da nova novela da Globo, “Terra e Paixão”. O folhetim, de Walcyr Carrasco, apresenta como vilão um grande produtor rural, e apesar de valorizar as tecnologias e inovação do campo, as caracterísitcas atribuídas ao antagonista mostram a clara intenção de desmoralizar o agronegócio tradicional do Brasil.
Criminosos, gananciosos e hipócritas, os personagens apresentados apresentam o estereótipo que a Globo busca criar dos produtores rurais brasileiros em geral, mesmo que a maioria deles sejam pessoas simples e honestas, mas que não apoiam as pautas progressistas defendida pela grande mídia.
Colocando-o como vilão, a novela busca introduzir ─ de forma sutil, ou nem tanto ─ no imaginário de seus espectadores a noção de que o agronegócio tradiconal é composto por pessoas falsas, má intencionadas e que “não se importam com o meio ambiente”. Por isso, o único agronegócio que deve ser aprovado é aquele altamente tecnológico, mas que não reflete a realidade do povo brasileiro.
O agronegócio tradicional, de pequenos a grandes produtores que trabalham por suas famílias e movimentam grande parte da economia nacional, é justamente ao qual o atual ocupante da presidência, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), atribui o título de “fascistas”. Grande apoiadora do atual governo, que defende pautas progressistas e movimentos criminosos, como o MST, a Globo busca reforçar essas narrativas no imaginário de seus espectadores.
O patrocínio da Sicoob, cooperativa que possui mais de R$ 16,68 bilhões em crédito rural, mostra uma clara sinalização da instituição em apoio ao agronegócio moderno e completamente tecnológico exaltado pelos esquerdistas e rejeição ao agro tradicional, que representa a realidade do homem do campo, frequentemente atacado pelo governo e seus apoiadores. Na trama, a cooperattiva irá auxiliar a protagonista no financiamento de sua nova fazenda.
Sobre a novela
No enredo, a rede Globo apresenta a personagem principal Aline (interpretada por Bárbara Reis) que, após a morte de seu marido, procura uma cooperativa para conseguir crédito para recomeçar a sua vida como pequena produtora agrícola. Contudo, o vilão da novela, Antônio La Selva (Tony Ramos), proíbe a cooperativa de aceitá-la. O objetivo do antagonista é impedir que Aline recupere suas terras, visto que foi ele quem ordenou o assinato de seu marido, para que pudesse roubar as propriedades rurais da família.
Conforme apresentado pela trama, as cooperativas estão sob ordens de grandes produtores rurais que, a fim de manter seus monopólios e impedir o sucesso de pequenos produtores, pressionam os gerentes e adminstradores para que não concedam crédito à pequenos produtores.
Diferente da narrativa da Globo eivada de licença poética, as cooperativas, na verdade, atuam em diversos ramos da economia: No agronegócio, produção de alimentos, serviços financeiros, educação, etc.; e aceitam cooperados desde os pequenos até os grandes empresários. Os cooperados também participam de seus resultados e tomadas de decisões.
No ano de 2021, já haviam mais de 13 milhões de cooperados em todo o brasil.
O Sicoob
Instituição financeira cooperativa, o Sicoob tem 7 milhões de cooperados e está presente em todos os estados brasileiros e no Distrito Federal. Oferecendo serviços de conta corrente, crédito, investimento, cartões, previdência, consórcio, seguros, cobrança bancária, adquirência de meios eletrônicos de pagamento, marketplace, dentre outras soluções financeiras, o Sicoob é a única instituição financeira presente em 360 municípios.
É formado por 348 cooperativas singulares, 14 cooperativas centrais e pelo Centro Cooperativo Sicoob (CCS), composto por uma confederação e um banco cooperativo, além de processadora e bandeira de cartões, administradora de consórcios, entidade de previdência complementar, seguradora e um instituto voltado para o investimento social. Ocupa a primeira colocação entre as instituições financeiras com a maior quantidade de agências no Brasil, segundo ranking do Banco Central, com 4.159 pontos de atendimento em mais de 2 mil cidades brasileiras.
Da redação do Diário do Acre, com informações de João Pedro Magalhães, do Jornal Brasil Sem Medo