‘STF deve voltar às origens de respeitar o advogado’, diz criminalista, na presença de Barroso

Um dos maiores expoentes da advocacia no Brasil, o criminalista Antônio Cláudio Mariz de Oliveira afirmou, nesta segunda-feira, 13, que a população do país não está sendo “adequadamente ouvida” pelo Judiciário. “O STF deve voltar às origens de respeitar o advogado, ou não teremos a implantação da Justiça e do Judiciário que almejamos”.

A declaração do advogado ocorreu durante o seminário “O papel do Supremo nas democracias”, promovido em São Paulo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie junto ao Estadão.

O evento reúne Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), juristas e pesquisadores para discutir o papel das cortes constitucionais e do próprio STF na democracia.

Barroso na plateia

Na presença do ministro Luís Roberto Barroso, presidente do STF, Antonio Cláudio Mariz disse ainda que o Brasil vive uma “fase difícil de cerceamento à advocacia”.

De acordo com o advogado, os jurisdicionados – cidadãos que recorrem ao sistema de Justiça – não estão sendo ouvidos da forma mais adequada. Ele apontou a falha tanto na Corte quanto no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

“O povo não tem culpa de termos um Supremo abarrotado”, afirmou. “Ou temos uma Justiça mecânica ou uma Justiça que vai respeitar o devido processo legal”, completou.

Mariz mostrou-se insatisfeito com a maneira como a Corte lida com as ações dos advogados. Ele afirmou que o STF e o STJ não estão dando valor ao advogado.

“Precisamos mudar o sistema para que o Supremo se veja menos atulhado de processos, porque esse número excessivo de processos está fazendo com que o jurisdicionado seja prejudicado”, avaliou. “É necessário que a Ordem dos Advogados do Brasil, o Judiciário e Ministério Público se unam para que haja uma triagem maior de casos que chegam ao STF”.

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