O governador Tarcísio de Freitas defendeu a redução do número de ministérios no governo federal, usando como exemplo o modelo de gestão implementado na Argentina. Ao elogiar a medida, ele afirmou que é possível enxugar a máquina pública sem comprometer os serviços.
“A Argentina tem operado hoje com nove ministérios. Imagina a quantidade de cortes que eles conseguiram fazer e isso foi importante para impulsionar a administração pública. Dá para cortar sem perder a qualidade”.
O modelo argentino, elogiado por Tarcísio, envolve uma reestruturação profunda do Estado. O governo de Javier Milei afirma ter cortado 50 mil cargos públicos desde o início do mandato, gerando uma economia anual de US$ 2 bilhões. A maior parte dessas reduções ocorreu na administração pública (29.499), seguida por empresas estatais (15.592) e pessoal militar e de segurança (5.500). Federico Sturzenegger, ministro da Desregulação e Transformação do Estado da Argentina, justificou as demissões ao afirmar que “todo esse pessoal infelizmente não tinha muita utilidade”.
Apesar dos cortes, a administração de Milei é amplamente questionada por sindicatos de trabalhadores estatais. As críticas se concentram tanto nas demissões em massa quanto na erosão dos salários, afetando inclusive profissionais de saúde do Hospital Garrahan, um dos mais importantes no atendimento pediátrico do país.