Tarcísio discursa na Paulista, cobra Hugo Motta e diz que ‘só existe um candidato’ para a direita: ‘Jair Messias Bolsonaro’

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), defendeu neste domingo (7) a candidatura do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) à Presidência em 2026. Tarcísio é um dos cotados para captar o apoio do bolsonarismo no ano que vem. “É fundamental que tenhamos Jair Messias Bolsonaro na eleição do ano que vem. Só existe um candidato para nós, que é Jair Messias Bolsonaro”, declarou o governador, durante ato bolsonarista de 7 de Setembro na Avenida Paulista, em São Paulo.

Tarcísio afirmou que a ausência de Bolsonaro fez com que a “festa” não fosse completa. O governador também criticou o julgamento de ex-presidente, marcado para ser concluído nesta semana. Segundo ele, o julgamento é baseado em apenas um elemento, a delação do ex-ajudante de ordem de Bolsonaro, Mauro Cid, que, para Tarcísio, é “mentirosa”, porque Cid teria mudado a versão “seis, sete vezes, sob coação”.

“Vários analistas foram à TV comentar e disseram: ‘Não existe ligação entre o Punhal Verde e Amarelo, o 8 de Janeiro, e Jair Bolsonaro’. Não existe um documento, não existe uma ordem. Do que estamos falando, então? Que história é essa? Como vão condenar uma pessoa sem nenhuma prova”, falou o governador.

Tarcísio critica STF e pede que Hugo Motta paute a anistia

Tarcísio de Freitas também defendeu a aprovação da anistia “ampla e irrestrita” neste domingo e pediu para que o presidente da Câmara dos DeputadosHugo Motta (Republicanos) paute o projeto. Tarcísio afirmou ainda que não irá aceitar a “ditadura de um poder sobre o outro” e que “um ditador paute o que devemos fazer”, em uma crítica ao Supremo Tribunal Federal (STF). “E se a gente está aqui hoje defendendo uma anistia, é porque a gente sabe que esse processo está maculado”, disse.

A ausência do governador na última manifestação, quando passou por um procedimento médico no dia do evento, foi duramente criticada por bolsonaristas. Em um gesto ao bolsonarismo, Tarcísio assumiu o protagonismo das articulações em Brasília para fazer a proposta avançar. O governador recebeu o apoio do deputado federal Marco Feliciano, que encerrou seu discurso, no qual pedia o impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, dirigindo-se ao chefe do Executivo paulista: “Tarcísio, para cima e avante”, afirmou.

Antes do ato, o governador paulista se encontrou com Michelle Bolsonaro (PL). Os dois são cotados como possíveis sucessores de Bolsonaro na disputa presidencial de 2026. Nos bastidores, aliados defendem a candidatura de Tarcísio e veem com simpatia a formação de uma chapa com Michelle como vice, ressaltando seu apelo entre o eleitorado evangélico e o fato de ser mulher.

Governador declara que ‘não topamos impunidade, mas julgamento sem provas de Bolsonaro deixaria ferida aberta’

O governador de São Paulo declarou também que a impunidade para os condenados pelo 8 de Janeiro deixaria uma “cicatriz”. Ele disse, porém, que uma “condenação sem provas” do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) abriria uma “ferida aberta” no país.

“Não se pode destruir a democracia sob pretexto de resgatá-la. A gente não topa a impunidade. A impunidade deixaria uma ferida aberta, uma cicatriz, mas também não podemos topar uma condenação sem prova. A condenação sem prova abre ferida que nunca vai fechar”, declarou o governador durante ato bolsonarista de 7 de Setembro na Avenida Paulista. Tarcísio referiu-se a Bolsonaro como “a maior liderança de direita” e afirmou que o ex-presidente é o único nome do segmento para 2026.

A manifestação bolsonarista pediu a anistia do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e teve críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF). O ato conta com a participação de nomes como o governador de Minas GeraisRomeu Zema (Novo); a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o pastor Silas Malafaia, além de políticos aliados ao ex-presidente.

Ninguém aguenta mais a tirania de um ministro como Moraes, diz Tarcísio

Tarcísio de Freitas também atacou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Governador disse que Moraes impõe uma “tirania” que “ninguém aguenta mais”. “Por que vocês (manifestantes) estão gritando isso? Talvez porque ninguém aguenta mais a tirania de um ministro como Moraes Ninguém aguenta mais o que está acontecendo no País”, disse o governador. A declaração de Tarcísio representa uma subida de tom do governador contra o Supremo Tribunal Federal. Apesar de estar ao lado de Jair Bolsonaro em quase todos os assuntos, o governador normalmente evita conflitos com a Suprema Corte. É visto em Brasília como um dos bolsonaristas que tem boa interlocução com ministros do STF.

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