A 48ª edição da Exposição Agropecuária do Acre (Expoacre) reunirá tecnologias para a produção sustentável em cadeias estratégicas para a economia acreana. A Embrapa participa do evento com alternativas tecnológicas para a pecuária de leite e corte, cafeicultura e fruticultura, além de informações técnicas para melhoria do processo de fabricação de farinha de mandioca. A principal feira agropecuária e de negócios do Acre acontece no período de 29 de julho a 6 de agosto de 2023, no Parque de Exposições de Rio Branco.
No estande da Empresa, localizado no “Caminhos do Agro”, o público poderá ter acesso a informações sobre consórcio de pastagens com amendoim forrageiro (leguminosa rica em proteína e fornecedora de nitrogênio para as plantas), variedades de cafés clonais (Robustas Amazônicos), sistemas de produção de abacaxi, maracujá e banana para as condições de clima e solos do Acre e geotecnologias para o setor florestal.
“As tecnologias serão apresentadas em painéis temáticos com QR Codes que direcionam para um vasto conteúdo, na vitrine tecnológica disponível no site da Embrapa. Uma equipe técnica da empresa estará no local para atendimento diário do público”, enfatiza Daniel Lambertucci, chefe-adjunto de Transferência de Tecnologias.
O espaço do agronegócio reúne instituições de pesquisa, fomento e apoio à produção e funciona como vitrine tecnológica, com demonstrações práticas de tecnologias para diferentes cadeias agropecuárias (mandiocultura, cafeicultura, avicultura, ovinocultura, piscicultura e pecuária) e para o setor florestal. No local também serão realizados eventos técnicos como cursos e workshops e oportunidades de negócios.
Jogo da farinha
O público da Feira poderá testar seus conhecimentos e aprender mais sobre as Boas Práticas de Fabricação (BPF) de farinha de mandioca, por meio do jogo de tabuleiro Vila da Farinha. O material educativo e interativo, desenvolvido pela Embrapa, com recursos do Fundo Amazônia, tem como objetivo orientar sobre a importância da adoção de um conjunto de procedimentos nas diferentes etapas da farinhada – processamento da mandioca à embalagem e comercialização da farinha – essenciais para garantir qualidade sanitária a esse alimento.
“Vamos apresentar o Jogo da farinha, em primeira mão, na Expoacre e, posteriormente, distribuído para escolas da rede pública de ensino da região do Juruá, especialmente escolas rurais localizadas em comunidades com tradição na produção de farinha. O Juruá é o principal polo de produção desse alimento no Acre, mas temos outras regionais com tradição nessa atividade, que também podem se beneficiar dos conhecimentos sobre Boas Práticas na Produção, por meio do Jogo da Farinha”.
A farinha produzida na regional Juruá, formada pelos municípios de Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima, Cruzeiro do Sul, Rodrigues Alves, Mâncio Lima, Porto Walter e Marechal Thaumaturgo, é o primeiro derivado da mandioca com selo de Indicação Geográfica (IG) no Brasil. Reconhecido por suas características particulares, conferidas pelo processo artesanal de produção secular, desde 2017 o produto conta com o selo de IG na modalidade Indicação de Procedência.
Programação técnica
A Embrapa Acre também participa da programação técnica da feira, voltada para diferentes temáticas do setor produtivo acreano. No dia 31 de julho (segunda-feira), pesquisadores do Acre e de Rondônia ministram palestras durante Workshop sobre a importância do extrativismo e dos produtos da sociobiodiversidade para o Acre.
O evento terá como foco a atualização de normativa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) que trata da classificação da castanha-da- Amazônia ou castanha do-Brasil e inovações tecnológicas para esta cadeia produtiva. Também serão abordadas questões relacionadas à indicação geográfica do açaí e a cadeia produtiva do cacau.