Tereza Cristina critica flexibilização ambiental da União Europeia: ‘faça o que eu digo, não o que eu faço’

Os países da União Europeia (UE) aprovaram em Bruxelas, a flexibilização das normas ambientais exigidas aos agricultores do bloco, em resposta a uma onda de protestos. A proposta foi feita pela Comissão Europeia e foi o ponto principal da agenda no encontro de ministros da Agricultura da UE.

A reforma da Política Agrícola Comum (PAC), proposta pela Comissão Europeia, surpreendeu ao flexibilizar as normas em vigor desde 2023. A medida, no entanto, gerou controvérsias e protestos, com filas de tratores bloqueando ruas próximas às sedes das instituições europeias em Bruxelas.

De acordo com a proposta, a obrigação de deixar pelo menos 4% das terras produtivas em pousio ou áreas não produtivas seria eliminada, substituída por uma simples “diversificação”. Além disso, terras com menos de 10 hectares estariam isentas da fiscalização associada às normas ambientais.

A Copa-Cogeca, organização dos sindicatos agrícolas europeus, comemorou a “maior flexibilidade” nas regras, considerando as especificidades locais. No entanto, a proposta gerou críticas de 16 ONGs ambientalistas, que a consideraram uma “regressão”.

Nas redes sociais, a ex-ministra da Agricultura do Brasil e atual senadora, Tereza Cristina, criticou a decisão da Comissão Europeia. Em sua publicação, ela questionou a eliminação da obrigatoriedade de deixar 4% das terras em pousio na UE, comparando-a com as exigências do Código Florestal brasileiro, que demanda a preservação de 20% a 80% das propriedades rurais.

Tereza também mencionou a visita do presidente francês, Emmanuel Macron, ao Brasil, e expressou descontentamento com a ausência do assunto na agenda do encontro entre Macron e o ex-presidente Lula.

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