Ao comentar o apoio do governador reeleito de Minas Gerais Romeu Zema a Jair Bolsonaro no segundo turno da eleição presidencial, Luiz Inácio da Silva, vulgo “Lula”, depois de carregar as feições, afirmou que Zema “vai ter remorso” do apoio dado ao Presidente, numa clara alusão à circunstância de que, se eleito para o cargo máximo, poderá fazer retaliações contra o governador e, de conseguinte, contra Minas Gerais e todos os mineiros…
Eu disse que da Silva, vulgo “Lula” “carregou as feições”, mas este trabalho era dispensável… pois creio que quando Cesare Lombroso, com genialidade, intuiu o “criminoso nato” e fundou a “Escola Positiva”, idealizou uma fisionomia pelo menos parecida com a do ex-presidiário. Este assunto, embora pitoresco, aqui não vem à baila. Não trato nestes comentários da Antropologia Criminal, mas sim, das eleições presidenciais.
Em termos de tais eleições, importa dizer que a ameaça feita por da Silva, vulgo “Lula” ao Governador Romeu Zema, é a antítese da prática democrática, na qual está ínsita a noção do pluralismo das ideias: Ideias diferentes convivem no mesmo espaço, sem que os partidários de uma delas tentem silenciar os partidários das outras. Esta noção de pluralismo está ausente da doutrina e do ideário do P.T., uma agremiação política cujo objetivo — hoje declarado e não mais disfarçado — é a implantação do Comunismo no Brasil, em um Brasil que deverá abrir mão de parte da sua soberania, para integrar uma “União das Repúblicas Socialistas da América Latina.”
O que disse acima é o que existe de mais importante, em termos de Política Nacional e Internacional, na ameaça que o da Silva, vulgo “Lula”, pronunciou contra o Governador, reeleito democraticamente, de Minas Gerais. Há outros pontos ligados ao assunto, no entanto, que passo a abordar.
A ameaça feita ao Governador Zema é suja, no mais preciso sentido desta palavra. Ela implica em admitir que todo um Estado da Federação, e todos os seus habitantes, sejam punidos porque o seu mandatário maior contrariou o apetite político e a vaidade de da Silva, vulgo “Lula… este dado faz com que a ameaça deixe de ser apenas “suja”, para ser também, profundamente injusta!… e ela é reveladora de que o da Silva, vulgo “Lula”, não vê como objetivo da Política o Bem Comum, mas vê nela, ao revés, um instrumento para a satisfação do anseio pelo Poder, com o colorário de ser, também, uma arma para o exercício das vinganças pessoais e ideológicas.
Da Silva, vulgo “Lula”, tem aquela imensa coragem que só pode ser dada pela ignorância, ou pela embriaguez. No seu caso particular, é visível que a mais sesquipedal ignorância se soma ao fato de, com frequência, estar ébrio…
Apenas a ignorância e a embriaguez podem explicar que o da Silva, vulgo “Lula”, ofenda grosseiramente Minas Gerais, uma terra que, entre muitos outros brasileiros ilustres, produziu o médico Vital Brasil, os Presidentes da República Delfim Moreira, Wenceslau Braz e Arthur Bernardes, o pensador político Afonso Arinos de Mello Franco, o escritor Mario Palmerio e os juristas Orozimbo Nonato, Nelson Hungria, Prado Kelly, Milton Campos e Alfredo Araujo Lopes da Costa!…
Uma passagem da vida de um desses homens revela a distância estratosférica que há entre eles e este ofensor barato que é o da Silva, vulgo “Lula.” Quando Wenceslau Bras Pereira Gomes, mineiro de Itajubá, foi eleito Presidente da República, o Brasil estava em uma situação financeira difícil. Wenceslau Bras dispensou os funcionários do Palácio do Catete que desempenhavam as tarefas mais simples, e levou para o Rio de Janeiro, para todo o período do seu mandato, os empregados domésticos da sua casa de Itajubá, pagando do seu bolso os seus salários.
“Frei Exemplo é o melhor pregador, dizia o Pe. Vieira… que o exemplo de Wenceslau Bras seja comparado com o do homem (?) do “mensalão”, do “petrolão”, do “tríplex do Guarujá”, do “sítio de Atibaia” e de outras patranhas… e que os eleitores julguem das duas condutas!…
Por Acacio Vaz de Lima Filho — Livre-Docente em Direito Civil, área de História do Direito pela Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, é acadêmico perpétuo da Academia Paulista de Letras Jurídicas e sócio titular do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Antigo Secretário de Doutrina e Estudos do Grêmio Cultural Jackson de Figueiredo, de São Paulo, é também membro da Frente Integralista Brasileira.