A energia solar no Brasil não está revolucionado apenas a forma como economizar energia elétrica, ela também está mudando a vida de quem nem ao menos tinha uma conta de luz.

Para os habitantes da comunidade de Vila Restauração, localizada próxima à fronteira com o Peru, energia elétrica sempre foi um recurso escasso.

Sem acesso à rede elétrica, a única solução para os moradores era contar com um gerador a diesel, custeado por eles com a ajuda da prefeitura de Marechal Thaumaturgo, cidade mais próxima.

No entanto, além de poluente, o gerador exigia um alto gasto com o seu combustível, o que permitia aos moradores manter sua geração elétrica por apenas três horas por dia.

Mas tudo isso mudou após a instalação de uma usina solar fotovoltaica com armazenamento por baterias, que agora garante aos moradores 24h de energia limpa e sustentável todos os dias.

O projeto, alimentado por um painel solar composto de 580 módulos fotovoltaicos, possui potência de 325 quilowatts-pico e consegue gerar 11,90 megawatts-hora de energia em um mês.

A energia excedente gerada durante o dia é armazenada por um conjunto de baterias de íon de lítio com capacidade de 828 quilowatts-hora, que ficam abrigadas em um ambiente condicionado e a prova de incêndio.

O projeto ainda conta com dois geradores de backup, que podem ser acionados automaticamente pelo sistema de gerenciamento de energia da microusina.

A instalação foi custeada e é monitorada pela Energisa Acre, e faz parte dos programas de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) e Eficiência Energética da empresa, ambos regulados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Com os resultados obtidos pela usina solar de Vila Restauração, a empresa visa criar um modelo que poderá ser replicado em outras regiões remotas e sem acesso à rede elétrica.

O abastecimento elétrico ainda permitiu que outras obras fossem iniciadas para o desenvolvimento da comunidade, como novas ligações de saneamento básico e a instalação de uma antena 4G para levar internet aos moradores.

Com informações da Folha de São Paulo e Ruy Fontes, do The Greenest Post