O Valor Bruto da Produção (VBP) dos Cafés do Brasil para o ano-cafeeiro de 2025 deve alcançar R$ 114,86 bilhões. As estimativas são do Observatório do Café a partir do relatório do Valor Bruto da Produção elaborado mensalmente pela Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária do Brasil.
O montante representa uma alta expressiva de 46,2% em relação ao recorde anterior, de 2024, quando o setor movimentou R$ 78,55 bilhões. Caso confirmado, será o maior faturamento já registrado pela cafeicultura brasileira.
Segundo o levantamento, o resultado é impulsionado tanto pelo café arábica quanto pelo canéfora (robusta e conilon). Para 2025, o VBP do arábica está estimado em R$ 82,96 bilhões — avanço de 45,8% frente aos R$ 56,88 bilhões do ano anterior. Com isso, a espécie deve responder por 72,2% da receita total do setor.
Já o café canéfora também apresenta forte expansão. A projeção para 2025 soma R$ 31,89 bilhões — alta de 47,2% ante os R$ 21,66 bilhões movimentados em 2024. Assim, o robusta/conilon deve representar 27,8% do faturamento nacional.
Minas Gerais segue isolado liderança
Os dados do VBP indicam que Minas Gerais segue isolado na liderança entre os produtores, com receita estimada em R$ 59,03 bilhões. O valor é equivalente a 51,4% de todo o faturamento da cafeicultura brasileira em 2025.
Em seguida aparecem:
Espírito Santo – R$ 29,22 bilhões (25,4%)
São Paulo – R$ 10,77 bilhões (9,4%)
Bahia – R$ 7,81 bilhões (6,8%)
Rondônia – R$ 4,27 bilhões (3,7%)
De acordo com o levantamento, esses cinco estados devem registrar, cada um, seus maiores valores históricos de receita com café.
Já na análise por região, os dados confirmam a forte concentração da produção no Sudeste, responsável por R$ 99,92 bilhões, ou 87% do total projetado.
Na sequência aparecem:
Nordeste – R$ 7,84 bilhões (6,8%)
Norte – R$ 4,45 bilhões (3,9%)
Sul – R$ 1,69 bilhão (1,5%)
Centro-Oeste – R$ 936,9 milhões (menos de 1%)


