Os olhos do mundo democrático estão voltados para a Venezuela, onde o ditador Nicolás Maduro executa a segunda maior fraude eleitoral de todos os tempos (a primeira foi concluída com tal êxito que não pode ser citada). A coisa é tão afrontosa que mesmo na esquerda somente os cúmplices da espécie Lula da Silva se atreveram a endossar.
Lá, embora o voto seja eletrônico, há a impressão dos votos, apuração imediata e distribuição urna a urna dos boletins de apuração, ou seja, há duas camadas de segurança entre o voto e a proclamação do resultado. Se o resultado total não bate, verifica-se os boletins, se não bate, há impressos a auditar. Somente por causa disso a fraude do Maduro está sendo provada, do contrário, valeria a proclamação do TSE de lá e os descontentes que fossem “reclamar do bispo”.
Com boletins na mão, somados um a um, a oposição apurou que o candidato Edmund Gonzalez ganhou por 70/30, resultado que põe fim à ditadura chavista. Com a palavra do TSE de lá, Maduro e seus comparsas se aferram ao cargo com o resultado 51/44 e põe os cães fardados na rua para reprimir o povo na porrada, bem ao estilo já consagrado naquele país. Dezenas de cidadãos foram presos, outros desapareceram e outros foram mortos em apenas dois dias.
Na TV, Maduro exalta a si próprio, chama os manifestantes de golpistas (onde ouvi isso?), ameaça prender milhares (onde vi isso?) e fala em pena de 15 a 20 anos de cadeia para quem insistir em duvidar da higidez do processo eleitoral, afinal as urnas eletrônicas não mentem jamais.
A comunidade internacional, de véspera impedida pelo Maduro de acompanhar o processo, sai em defesa do resultado verdadeiro. Alguns países de pronto recusam-se a reconhecer o resultado (Argentina, Uruguai, Paraguai…), outros, justamente os autoritários (China, Cuba, Rússia, Nicarágua…) fazem o contrário, emitem comunicados sustentando o resultado e, com isso, dão moral ao ditador.
O que faz o Brasil? Bem, com Lula da Silva à frente, o Brasil, país maior e mais importante do continente, se alinha ao ditador e dá ares de normalidade ao processo. Seu partido, o PT, emite nota vergonhosa de apoio e o próprio Lula dá declarações do tipo, “está tudo normal e quem se sentir prejudicado vá à justiça”, como se naquele país não fosse exatamente Maduro a justiça. Quer dizer, quem estiver descontente com Maduro recorra a Maduro. A hipocrisia de Lula e seu alinhamento à ditadura venezuelana enche de vergonha qualquer brasileiro. É imoral, criminoso, que um presidente dito democrático defenda um resultado eleitoral claramente fraudado do início ao fim.
Lula da Silva e seu partido se comportam assim porque são eles sócios do mesmo projeto de poder concertado no Foro de São Paulo, criado por Lula, Fidel e Chavez. De certo modo, o ditador Maduro é enteado político de Lula, que é o principal avalista do projeto insano, atrasado, mofado de transformação da América Latina em uma comunidade de países socialistas. Lula é sócio de Maduro e tem no íntimo a mesma vocação imoral para a tirania.
Nesta quarta-feira a Organização dos Estados Americanos – OEA se reuniu para deliberar sobre o assunto e qual foi a posição do Brasil? Se absteve e, com isso, impediu a entidade de condenar com a veemência necessária a ditadura venezuelana. O Brasil de Lula, tornado anão diplomático desde seu alinhamento com o Hamas e com a Rússia, é agora ainda mais baixo e desprezível.
A imprensa brasileira, com raras exceções, passa pano para Lula e seu partido, negam sua participação desde o início na trama de Maduro contra seu povo, faz de conta que Lula é um otário sendo enganado em sua boa-fé. O que mais parece é que, além do alinhamento ideológico nessa esquerda assassina, Lula temo rabo preso com Maduro, afinal, são décadas de relacionamento obscuro, de financiamentos injustificáveis, de honrarias desmedidas. Não esqueçamos que Maduro é declarado NARCOTRAFICANTE pelo governo americano, há inclusive recompensa financeira de 15 milhões de dólares por sua captura.
Os próximos dias serão decisivos para o povo venezuelano, certamente dramáticos e podem virar uma tragédia horrorosa se Maduro, com o apoio de Lula da Silva, insistir em manter-se no cargo e investir contra a população como promete. Isto ocorrendo, Lula terá sido co-autor de uma quadra de morte e tortura. Se levarmos em conta sua declaração recente: “se a direita tiver chances de voltar, eu não vou deixar”, talvez uma guerra civil na Venezuela seja um treino para o que pretende em 2026.
Valterlucio Bessa Campelo escreve às segundas-feiras no site AC24HORAS e, eventualmente, no seu BLOG, no site Liberais e Conservadores do jornalista e escritor PERCIVAL PUGGINA, no DIÁRIO DO ACRE, no ACRENEWS e em outros sites. Quem desejar adquirir seu livro de contos mais recente “Pronto, Contei!”, pode fazê-lo através do e-mail valbcampelo@gmail.com.