Estudantes do Programa de Mestrado Profissional em Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação (PROFNIT), ofertado no polo do campus Rio Branco do Instituto Federal do Acre (Ifac), realizaram, no dia 24 de outubro de 2025, uma visita técnica à Embrapa Acre, como parte das atividades da disciplina Conceitos e Aplicações de Transferência de Tecnologia.
A atividade integra a proposta pedagógica do PROFNIT/Ifac, que busca articular formação teórica avançada com experiências práticas vinculadas às demandas de inovação e desenvolvimento na Amazônia. A iniciativa reforça o compromisso do Ifac com a promoção de conhecimento aplicado e a consolidação de parcerias estratégicas que fortaleçam a ciência e a inovação no estado.
Conduzida pelos professores Rodrigo Duarte Soliani e Paulo José dos Santos Pereira, a visita teve como objetivo proporcionar aos mestrandos uma vivência prática sobre modelos, instrumentos e estratégias de transferência de tecnologia no setor público de pesquisa.
O grupo foi recebido pelos analistas Daniel Lambertucci e Gilberto Nascimento, do Setor de Transferência de Tecnologia da Embrapa Acre. Durante a programação, os participantes conheceram a estrutura institucional da unidade, os mecanismos de proteção e difusão de tecnologias, as políticas de inovação da Embrapa e os modelos de parcerias adotados para promover soluções tecnológicas voltadas ao desenvolvimento regional.

De acordo com Daniel Lambertucci, atividades como essa contribuem para fortalecer a articulação entre ciência e sociedade. “A transferência de tecnologias só faz sentido quando transforma a realidade. Mostrar como os resultados de pesquisa chegam ao campo produtivo é fundamental para formar profissionais que entendam a inovação como um processo estruturado e colaborativo”, afirmou.
Temas abordados e discussões– Entre os temas tratados durante a atividade estiveram: gestão da propriedade intelectual, contratos de licenciamento, parcerias tecnológicas, arranjos produtivos regionais e casos de sucesso na difusão de tecnologias no Acre, especialmente aquelas voltadas à sustentabilidade produtiva e ao fortalecimento de cadeias estratégicas.
Para o professor Rodrigo Duarte Soliani, a aproximação com instituições de pesquisa consolidadas é essencial na formação dos estudantes. “Transferência de tecnologia envolve articulação institucional, planejamento estratégico, mecanismos jurídicos e impacto socioeconômico. A experiência na Embrapa permite aos alunos compreenderem como esses elementos são operacionalizados na prática”.
O professor Paulo José dos Santos Pereira também destacou o caráter formativo da visita. “Mais do que observar processos, os estudantes puderam dialogar com profissionais que atuam diretamente na interface entre ciência e sociedade. Isso amplia a visão crítica sobre os desafios da inovação no contexto amazônico”.

Aprendizados e percepções dos mestrandos – A visita também permitiu que os mestrandos observassem como conceitos discutidos em sala de aula são aplicados na prática. Para o estudante Luan Sarkis, a experiência ampliou a compreensão do grupo sobre a dinâmica da inovação pública. “Foi uma oportunidade muito significativa, porque vimos de perto como a Embrapa organiza e executa a transferência de tecnologia. A dinâmica proposta pelos professores ampliou nossa compreensão sobre o tema”.
A servidora Mesezabeel Rodrigues, do Campus Tarauacá, destacou o impacto acadêmico da atividade. “Valeu muito a pena conhecer de perto o trabalho da Embrapa. A visita foi extremamente válida para nossa formação”.
Os mestrandos Artur Ramos e Vivianny Guarena, servidores da Reitoria do Ifac, também avaliaram positivamente a iniciativa, ressaltando que ela contribui para alinhar o ensino acadêmico às demandas institucionais do serviço público.
Já Jéssica Lima, servidora da Baixada do Sol, destacou a aprendizagem. “Foi um momento de aprendizado importante. A Embrapa é referência em transferência de tecnologia e vê-la atuando aqui no Acre reforça nosso compromisso com o desenvolvimento regional”.
(Com informações e fotos do docente Rodrigo Duarte Soliani)





