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O desprezo pela Amazônia: A realidade além dos discursos

Durante a audiência pública na Câmara Federal sobre transporte aéreo no Acre, realizada nesta terça-feira, 10, o deputado Roberto Duarte (Republicanos) levantou questões cruciais sobre as dificuldades enfrentadas pela população da Amazônia. Apesar de ser conhecida como “o pulmão do mundo”, a região amazônica e, mais especificamente, os acreanos, parecem ser esquecidos quando se trata das políticas nacionais.

Retórica versus Realidade

Duarte critica a falta de contrapartidas do governo federal para a população amazônica. Enquanto discursos preservacionistas são proferidos, na prática, a região Norte enfrenta precariedade, miséria e falta de saneamento. A retórica ambientalista, muitas vezes, não se traduz em ações efetivas que melhorem a qualidade de vida da população.

Esquecidos

“É uma brincadeira com o cidadão acreano. É a coisa que mais se fala no Brasil, e fora do país, é da Amazônia. Nós precisamos preservar a Amazônia, porque a Amazônia é o pulmão do mundo, mas nós acreanos, estamos lá na Amazônia, só sofremos. A política nacional e internacional do atual governo é essa”, disse Roberto Duarte. 

Discurso vazio

A fala de Roberto vai de encontro com o que fala o também deputado federal Ricardo Salles. As críticas de Salles a Marina destacam um descompasso entre o discurso e a prática. Salles aponta que o discurso “frouxo” de Marina não se reflete em ações que beneficiem a população amazônica. A ministra, embora defenda a preservação ambiental, é questionada quanto aos resultados concretos, especialmente em relação à melhoria das condições de vida na Amazônia.

Inconsistente

“Ela é tão querida pelo pessoal da Amazônia que não conseguiu se eleger pelo Acre e veio para São Paulo. A Marina tem um discursinho frouxo, um discursinho inconsistente de falar da Amazônia. Na hora que você olha o que ela deixou na Amazônia, uma população de 25 milhões de brasileiros na miséria, sem saneamento, que ela nunca se preocupou em fazer. Essa turma é boa de discurso”, disse Ricardo Salles. 

Entre o potencial e a restrição

A recente proibição, pelo Ibama, da perfuração de poços experimentais no litoral do Amapá revela um impasse angustiante. Com apenas 0,03% da sua vasta área disponível para agricultura e pecuária, o Amapá enfrenta uma realidade preocupante. Durante palestras no estado, o ex-ministro Aldo Rebelo destacou a contradição entre a riqueza potencial do solo e subsolo da região e as restrições impostas por organizações não governamentais financiadas internacionalmente.

Dilema do desenvolvimento

Enquanto empresas estrangeiras acumulam bilhões de barris de petróleo na Guiana, os habitantes do Amapá vivem à sombra de restrições que limitam seu acesso a recursos naturais. O plano de abrir um curso de engenharia de petróleo e gás na Universidade Federal do Amapá sinaliza a busca por alternativas econômicas, mas as barreiras impostas por entidades estrangeiras e, paradoxalmente, por órgãos do próprio Estado brasileiro, levantam questões cruciais sobre o desenvolvimento e a autonomia local. Até quando o Amapá será refém dessas dinâmicas complexas que comprometem seu futuro?

Seca

A frase emblemática de Marina Silva, “nossas estradas são os rios”, ganha uma nova dimensão diante dos desafios enfrentados durante a seca na Amazônia. Como a ajuda chegará à população do Norte? Em jatinhos do Greenpeace?

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