Acompanhar em tempo real como está o desenvolvimento de árvores é o que promete o IoTree. A tecnologia é desenvolvida por uma parceria entre o Instituto Senai e a startup Agroambiência e utiliza sensores com uma dinâmica feita a partir de microeletrônica.
O IoTree é uma plataforma de Internet das Coisas (IoT). Basicamente, permite conectar e gerenciar dados relacionados ao crescimento das florestas plantadas. Seu uso tem sido, por exemplo, no monitoramento do uso da água.
Os testes têm sido feitos em uma área da Suzano, empresa do setor de celulose, no Estado de São Paulo. A tecnologia foi um dos 17 projetos selecionados em um edital que buscava inovações na área do setor florestal. Ao todo, foram empregados R$ 16,1 milhões para o desenvolvimento dessas soluções.
Como funciona o IoTree?
Nós sensores são colocados em árvores específicas. Esse equipamento contém mecanismos capazes de fazer a medição das plantas (dendrometria) e acompanhar o fluxo de seiva. Depois, essas informações são transmitidas através de uma rede de comunicação que não exige fios (rede Lora). Esses dados chegam a um aparelho que concentra, processa e reencaminha as informações para uma plataforma digital. A partir dessa interface, o acesso pode ser feito remotamente, desde que tenha navegador de internet ou aplicativo no celular.
Todo o sistema recebe energia de baterias ou de estruturas fotovoltaicas, o que garante o uso em áreas florestais que não têm rede de energia elétrica. O tipo de rede utilizado também permite a conexão sem o uso de internet no local onde os sensores estão instalados.
“Chegamos a um nível de precisão que permite medir pequenas variações no crescimento da floresta ao longo do dia e relacionar com mudanças no clima. É um avanço que traz benefícios não só a Suzano, mas a toda a cadeia de pesquisa florestal”, destaca Carlos Raimundo Junior, pesquisador do Instituto Senai.
A expectativa é de que os testes finais para validação da tecnologia sem feitos até o próximo ano. Já a entrega do protótipo final para a Suzano está prevista para outubro deste ano, com as validações sendo feitas até março de 2026.



