O governo do Acre, por meio da Fundação de Cultura Elias Mansour (FEM), recebeu R$ 14,4 milhões referentes ao segundo ciclo da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB), programa do governo federal executado pelo Ministério da Cultura (MinC).
O repasse foi viabilizado após a aprovação do Plano de Aplicação de Recursos (PAR) apresentado pelo estado, construído com ampla participação da sociedade civil.
Os recursos são destinados aos entes federativos que executaram, no mínimo, 60% do valor recebido no primeiro ciclo da PNAB. No caso do Acre, o desempenho superou as expectativas: o estado alcançou uma execução de 106%, incluindo os rendimentos financeiros, sendo reconhecido como um dos quatro estados com melhor desempenho na implementação da política cultural.

Esse resultado reforça a capacidade técnica da equipe da FEM e o comprometimento com a aplicação eficiente dos recursos públicos.
A definição dos eixos e diretrizes para aplicação dos novos recursos foi feita em conjunto com o movimento cultural, por meio de fóruns estaduais híbridos realizados nos meses de maio e junho de 2025.
O plano aprovado contempla desde a valorização das culturas tradicionais — como as expressões indígenas e os mestres da cultura popular — até o apoio a novos talentos, coletivos e entidades culturais.
O Acre também reafirma seu compromisso com a equidade, garantindo a adoção integral das cotas e ações afirmativas previstas nas diretrizes nacionais.
Além do destaque na execução financeira, o Acre também foi reconhecido em outubro, durante o 1º Seminário Nacional de Ações Afirmativas na Cultura, promovido pelo MinC em São Paulo, como referência nacional na aplicação de políticas afirmativas voltadas a grupos historicamente marginalizados.
Para o presidente da FEM, Minoru Kinpara, a PNAB inaugura uma nova era para a cultura brasileira — e o Acre tem sido protagonista desse processo.
“A Política Nacional Aldir Blanc representa um marco histórico para a cultura brasileira, e o Acre tem mostrado que é possível transformar esse investimento em resultados concretos. A escuta ao movimento cultural foi decisiva para construirmos um plano coerente com as realidades do nosso povo, respeitando as identidades e potencialidades de cada território. Vivemos um novo momento: a cultura deixou de ser coadjuvante e passou a ocupar o lugar de política estratégica, com planejamento, participação social e impacto direto na vida das pessoas. Essa conquista é coletiva — de artistas, mestres, gestores, conselheiros e todos que acreditam no poder transformador da cultura”, afirmou.
A expectativa é que, com os novos recursos, o Acre amplie ainda mais o alcance das políticas culturais, fortalecendo editais, prêmios, ações formativas, salvaguardas patrimoniais e apoio às redes e coletivos culturais em todas as regiões do estado.




