Adailton Cruz cobra piso da enfermagem e celebra aprovação de PL que cria critérios para implantação de centros de referência a pessoas em situação de rua

Durante a sessão ordinária desta terça-feira (21), o deputado Adailton Cruz (PSB) fez um pronunciamento marcado por denúncias e agradecimentos. Ele iniciou sua fala expressando solidariedade à deputada Michelle Melo (PDT) e à família Santiago, que enfrentam um momento de luto. Também saudou os moradores do bairro Castelo Branco presentes nas galerias da Aleac, destacando a importância da participação popular nas discussões legislativas.

O parlamentar voltou a cobrar o pagamento do piso da enfermagem aos profissionais que atuam na Casa de Acolhida Souza Araújo, que atende pacientes vítimas e sequeladas de hanseníase. Segundo ele, o recurso está depositado desde o dia 30 de setembro pelo Ministério da Saúde no Fundo Estadual de Saúde, mas ainda não foi repassado aos servidores. “Já protocolei requerimento solicitando explicações. É inaceitável que o dinheiro esteja na conta do Estado, carimbado, e mesmo assim o pagamento não tenha sido feito. Estamos falando de quase um mês de atraso. Isso é um absurdo e um desrespeito com trabalhadores que dedicam suas vidas a cuidar de quem mais precisa”, criticou.

Adailton enfatizou que o atraso vem se tornando recorrente e pediu providências urgentes à Secretaria de Estado de Saúde. “Espero que a Sesacre apresente justificativas plausíveis, porque o atraso no pagamento desses servidores está virando rotina. É inaceitável que um recurso destinado especificamente ao piso da enfermagem não chegue ao bolso do trabalhador”, afirmou.

Encerrando sua fala, o deputado agradeceu à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) pela aprovação do Projeto de Lei nº 84/2025, de sua autoria, que estabelece critérios para a implantação de Centros de Referência de Atenção à Pessoa em Situação de Rua, os chamados Centros POP. Ele explicou que o projeto nasceu após intensa mobilização popular contra a tentativa de transferência do Centro POP para o bairro Castelo Branco, sem diálogo com a comunidade. “Esse projeto é fruto de uma audiência pública e garante que, antes de instalar um centro como esse, sejam realizados estudos de impacto social, de saúde e de segurança, com ampla participação popular. É uma forma de assegurar transparência e respeito à população”, destacou.

O parlamentar concluiu pedindo apoio dos colegas à aprovação definitiva da proposta. “Esse projeto vai trazer segurança e critérios claros, tanto para as pessoas em situação de rua quanto para a sociedade em geral. Conto com o voto favorável de todos os deputados”, finalizou.

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