Caos no ar? Pilotos e comissários podem entrar em greve nacional no dia 1º de janeiro

O setor aéreo brasileiro pode começar o ano de 2026 enfrentando uma paralisação nacional. Pilotos, copilotos e comissários de voo, representados pelo Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), avaliam entrar em greve a partir do dia 1º de janeiro. A decisão final depende do resultado de assembleias que ocorrerão nos próximos dias, colocando em risco as viagens de milhares de passageiros que planejam retornar ou se deslocar logo após as festas de Réveillon.

Uma nova proposta salarial foi apresentada nesta terça-feira (23) durante uma audiência de mediação no Tribunal Superior do Trabalho (TST). O texto prevê um reajuste de 4,68% — que contempla a reposição da inflação (INPC) somada a um ganho real de 0,5% — além de um aumento de 8% no vale-alimentação e reajustes em outros benefícios da categoria. O acordo foi construído em conjunto pelas partes envolvidas sob supervisão do tribunal.

A categoria terá entre os dias 26 e 28 de dezembro para votar a proposta de forma online. Caso os trabalhadores rejeitem os termos, uma nova assembleia presencial será realizada em São Paulo no dia 29 de dezembro. É nesta reunião que a greve poderá ser oficialmente deflagrada para começar no primeiro dia do novo ano. O presidente do SNA, Tiago Rosa, afirmou que a categoria está organizada e pronta para a paralisação caso não haja um entendimento satisfatório.

A postura do sindicato é de cautela, mas de prontidão. “Viemos de muito boa-fé para esta nova negociação no TST, mas, se a proposta for rejeitada, a greve ocorre já no dia primeiro”, alertou Tiago Rosa em transmissão ao vivo. A mobilização busca melhorias nas condições de trabalho e remuneração, pontos que vêm sendo debatidos intensamente com as empresas aéreas ao longo dos últimos meses.

Até o momento, o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea) não se manifestou oficialmente sobre a nova proposta ou sobre a ameaça de paralisação. O impasse gera incerteza no mercado de turismo e aviação, especialmente em um período de alta demanda. Caso a greve se confirme, as companhias deverão apresentar planos de contingência, mas atrasos e cancelamentos de voos em todo o território nacional tornam-se inevitáveis.

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