Clima é principal ativo para protagonismo do Brasil no agro, diz ministro

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou nesta quarta-feira (4/9) que o clima é o principal ativo que o Brasil tem para ser protagonista mundial na produção de alimentos e energia. Ele disse que é preciso adotar iniciativas para preservar o regime de chuvas e incidência de sol para a atividade agropecuária e salientou que a chave para manter esse protagonismo é a conversão de áreas degradadas em sistemas produtivos.

“Fizemos a diferença na produção de alimentos com muita tecnologia, mas certamente o que nos trouxe até aqui não é o que vai nos levar ao futuro. Está nas nossas mãos decidir se vamos continuar sendo esse protagonista mundial, garantindo esse principal esse ativo. De nada adianta a tecnologia se for num deserto”, disse Fávaro, durante evento da revista Exame, em Cuiabá.

Segundo ele, o Brasil deve intensificar a sua produção, mas não precisará avançar sobre áreas de floresta e Cerrado. “Por isso, lançamos o programa de conversão de pastagens degradadas e estou trabalhando para se estender a terras degradadas”, disse. O ministro disse que, implementada, a iniciativa pode ajudar o país a “dobrar” a produção sem derrubar nenhuma árvore. “Daí que vem a contribuição com a segurança alimentar, a segurança climática e o desenvolvimento econômico do país”, pontuou.

Fávaro disse que é preciso “criar essa consciência” no produtor rural, mesmo aqueles que, segundo a lei do Código Florestal, ainda têm áreas a serem abertas legalmente. Por outro lado, o ministro cobrou do restante do mundo apoio financeiro para manter a mata em pé.

“Chegou a hora do mundo cumprir seu papel de pagar por serviços ambientais, por aquilo de bom que nossos produtores fazem pelo meio ambiente. São temas que o mundo nos exige, mas não contribui”, disse.

Durante o encontro, o ministro ainda informou que o Japão abriu seu mercado para a importação de abacate do Brasil. Com isso, são 182 aberturas de mercado desde o início de 2023 para produtos do agronegócio nacional. Segundo Fávaro, 53 países com os quais o Brasil não tinha relação comercial foram alcançados nesse período.

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