Comissão de Legislação Agrária da Aleac se reúne para tratar da pauta do bezerro

A Comissão de Legislação Agrária da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), se reuniu na manhã desta quarta-feira (15) para tratar sobre a revisão de preço mínimo referente ao Bovino, para equiparação com o atual valor praticado no mercado acreano. O presidente da comissão, deputado Tanízio Sá (MDB), frisou que a redução da pauta do bezerro é uma das principais reivindicações dos produtores acreanos.

“Conversamos com alguns produtores rurais e eles foram taxativos em falar que a atual taxa da pauta do bezerro está acabando com a produção. Por isso estamos trazendo o assunto a esta Casa. Precisamos encontrar uma solução para esse problema”, disse.

Em seguida, o vice-presidente da comissão, deputado Pablo Bregense (PSD), autor do requerimento que solicitou a reunião, disse que os atuais valores cobrados na pauta do bezerro não têm lógica e precisam ser revisados. O parlamentar sugeriu, ainda, a retomada da isenção fiscal que estava vigorando ano passado.

“Hoje, 95% dos produtores rurais do Acre vivem do bezerro. É desse produto que sai sua subsistência. O que está acontecendo é que povo de outros estados vem ao Acre, compra o bezerro a preço irrisório no valor de R$ 1.000, e fazem transferência do produto a custo zero. Isso precisa parar. Nós precisamos pelo menos retomar a isenção fiscal porque tem produtor rural passando fome”, alertou.

Ainda segundo Bregense, o Acre não pode continuar servindo de escada para outros Estados. “É de responsabilidade dessa comissão fazer com que essa prática pelo menos diminua. São os estados grandes que estão ganhando com isso enquanto o produtor acreano só se prejudica. Temos que parar de servir de escada para o resto do Brasil”, complementou o parlamentar.

Para o deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB), o governo do Estado precisa estar atento aos conflitos existentes na cadeia produtiva do Acre. “A economia em torno da pecuária é um debate que a cada momento provoca um conflito diferente. Neste sentido, tanto o governo do Estado quanto a Secretaria de Fazenda precisam estar atentos para mediar esses problemas. O que estamos vivendo hoje referente a pauta do bezerro é um exemplo disso. Para os donos de frigoríficos interessa um preço e para os produtores interessa outro. Porque o pequeno produtor sonha todo dia numa disputa pelo bezerro para melhorar sua arrecadação. Então, é preciso uma política específica para ajustar esses valores, para equiparar essa cadeia”, enfatizou.

Tanízio Sá encerrou a reunião afirmando que a comissão discutirá o assunto com os órgãos competentes e com a classe rural do Estado. “Precisamos juntos encontrar uma saída para este problema que vem dificultando a vida dos nossos produtores rurais”, finalizou.

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