Congresso Nacional lança agenda legislativa do agro para 2025

​Nesta quarta-feira (26), o Congresso Nacional sediou uma sessão solene para o lançamento da Agenda Legislativa do Agro 2025, documento elaborado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) que analisa 87 proposições em tramitação na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, com potencial impacto no setor agropecuário. Esta é a primeira vez que a agenda é apresentada em uma sessão solene do Congresso.

Participação do Acre – O evento contou com a participação de lideranças do agronegócio de todo o país, incluindo o presidente da Federação da Agricultura do Estado do Acre (Faeac), Assuero Veronez, e a engenheira agrônoma Manoela Souza, representante do Acre na quinta edição do programa Jovens Líderes do Agro. Ambos marcaram presença, reforçando o compromisso do estado com o desenvolvimento sustentável do setor.​

Manoela Souza, por sua vez, enfatizou a importância da representatividade técnica nos espaços de decisão. “Representando meu estado e o setor que tanto amo, o agro, reforço a importância de que nossos representantes políticos conheçam nossos anseios e demandas, para que possamos construir um desenvolvimento sustentável”, destacou. Ela também ressaltou o papel dos profissionais que atuam diretamente com os produtores rurais: “É importante que nós, técnicos, que estamos na ponta junto aos produtores, possamos ocupar esses espaços, garantindo que suas demandas cheguem aos políticos para que as mudanças realmente aconteçam”.​

Assuero Veronez (ao meio), acompanhado do senador Jaime Bagattoli (PL-RO); senador Zequinha Marinho (Podemos-PA). Foto: Roque de Sá/Agência Senado

Agenda Legislativa do Agro 2025

A Agenda Legislativa do Agro 2025 está estruturada em oito eixos temáticos: Tributação e Política Agrícola; Meio Ambiente e Recursos Hídricos; Direito de Propriedade; Produção Agropecuária; Infraestrutura e Logística; Educação; Relações Trabalhistas; e Relações Internacionais. Cada eixo aborda proposições legislativas específicas, indicando a posição do setor agropecuário em relação a cada uma delas, com as marcações “apoiamos” ou “não apoiamos”.

O presidente da CNA, João Martins, ressaltou a importância do apoio parlamentar ao setor. “Nosso propósito é expor, com clareza, as necessidades do agro, no âmbito legislativo, para conhecimento de toda a sociedade e, ao mesmo tempo, demonstrar a convergência de pensamento entre o setor produtivo e a maioria do parlamento”, afirmou. Ele também destacou que “o poder Legislativo, sem sombra de dúvida, tem sido o apoio fundamental do agro brasileiro. Não fosse ele, o peso das regulações do Estado já teria posto fortes limites ao nosso crescimento”.​

Entre os temas sensíveis que devem ser debatidos este ano estão a proposta de emenda à Constituição (PEC) do marco temporal, que impõe limites à remarcação de terras indígenas, e projetos que tratam da propriedade rural, incluindo a possibilidade de aquisição de terras por estrangeiros. O presidente em exercício do Congresso, senador Eduardo Gomes, enfatizou a necessidade de fortalecer a imagem do Brasil como produtor responsável e sustentável, capaz de alimentar o mundo sem comprometer o futuro das novas gerações. Ele também salientou que “o agronegócio brasileiro é o alicerce da nossa economia e é dele que provém a segurança alimentar do nosso povo”.

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