Daniel Zen: ‘O acreano é, como o brasileiro, majoritariamente conservador e de direita’

O deputado estadual do PT, Daniel Zen, um intelectual de esquerda que escreve pro Midia Ninja, assinou há algumas semanas, em sua coluna no “Noticias da Hora”, o artigo “Uma exortação à esquerda do Acre”, em que comenta rapidamente sobre o histórico da política acreana. Obviamente foi uma clara mensagem aos grupamentos vermelhos que o cercam, mas o petista começa seu texto com uma interessantíssima máxima, que reputo como de grande importância. O restante é tudo lorota, mas esse começo terá uma grande relevância no desenvolvimento de uma nova política local, pautada sobre ideias e projetos reais e não apenas sobre politicagem e poder pelo poder.

“O acreano é, como o brasileiro, majoritariamente conservador e de direita”.

Seguem-se, depois, os velhos chavões do progressismo das ideologias modernas, no entanto é fato que o acreano é majoritariamente conservador – mas não pelos motivos ditos por Zen na continuação de seu texto. O acreano tem, no decorrer do seu movimento histórico, o mérito de ser um povo lutador e que não desiste nem mesmo sob a mira de uma carabina boliviana ou sob a tutela de uma ideologia nefasta, como foi a florestania, que aprisionou o Acre por duas longas décadas.

O Acre se fez brasileiro e o acreano, hoje, começa aos poucos a superar a florestania com um novo modelo de desenvolvimento econômico. Essa é uma mudança na mentalidade política que não será feita da noite pro dia, mas que já começou. 

A calorosa recepção que os acreanos deram ontem ao presidente Jair Bolsonaro, durante sua visita a Rio Branco, serve como termômetro de uma clara similaridade das ideias defendidas por Bolsonaro e pela grande maioria da população do Acre. Os acreanos são de fato conservadores e têm no lema “Deus, Pátria, Família” a sua maior bandeira.

Alguns querendo ou não, a grande verdade é que a defesa destes valores hoje passa pela reeleição de Bolsonaro e de seus indicados no Acre. Já tivemos outros nomes, que também defenderam essas ideias, o saudoso Dr. Enéas Carneiro – um acreano – foi o nosso último grande exemplo, talvez tenha sido maior presidente que o Brasil não teve. 

A intenção não é que este sirva de uma “exortação à direita acreana”, longe disso. É apenas um pequeno lembrete, um rascunho. Este é um ano de eleição e está apenas começando. É preciso lembrar das ideias, pois somente elas podem iluminar a escuridão.

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