Zé Lopes, vereador recém-eleito pelo Republicanos com 2.153 votos, aparece na política de Rio Branco como um personagem que destoa do tipo comum – e talvez por isso já chame a atenção. Em entrevista ao Bar do Vaz nesta terça-feira, 12, Lopes, que deixou claro seu compromisso com uma postura independente na Câmara, fez críticas pontuais à legislatura que se encerra, comentando o que ele considera como “apagão” do parlamento municipal. Perguntava ele, durante a campanha: “Quem aqui sabe o nome de três vereadores?” O silêncio dos eleitores em resposta, diz ele, revela a ausência de atuação visível da maioria.
Não é preciso esforço para perceber que Zé deseja transcender essa linha medíocre de atuação política, e ele aposta que um mandato ativo e transparente pode levá-lo longe. Com 42 anos e uma história de vida ligada ao agronegócio, Lopes olha para a política como algo mais que uma profissão: é uma missão de juventude, agora concretizada. No que talvez possa parecer um desdobramento natural do idealismo, ele propõe expandir o projeto social “Eu Cidadão”, que usa seu conhecimento em direito para tirar dúvidas sobre benefícios sociais – uma iniciativa que, por acaso, ajuda a fortalecer o capital político de um nome que já vislumbra horizontes além da Câmara.
Agora, o que transparece é uma ambição que ele não faz questão de esconder: a Assembleia Legislativa do Acre (Aleac). Um sonho? Em 2022, Zé Lopes já mostrou sua capacidade de mobilizar, ao conseguir 2.809 votos para o cargo de deputado estadual. O problema? Na mesma composição política está Jairo Cassiano, outro possível candidato a deputado estadual em 2026. Será que o grupo político do senador Alan Rick, ao qual ambos pertencem, tem estrutura suficiente para eleger dois deputados estaduais no mesmo pleito? Alguém terá que ceder?