O primeiro nem sempre vence

As últimas eleições mostraram bem o real significado das pesquisas eleitorais, são apenas registros momentâneos do eleitorado local (isso sem falar nas pesquisas tendenciosas, mas não entraremos nesse mérito, ao menos não agora), foi assim na eleição que elegeu Donald Trump presidente dos Estados Unidos e foi assim no Brasil com a eleição de Jair Bolsonaro, ambos inimigos dos Institutos de Pesquisas. Segundo a imprensa geral, Trump e Bolsonaro não seriam eleitos de nenhuma forma, mas convenhamos, quem aparece em primeiro lugar nas pesquisas nem sempre vence, foi o que a vitória de ambos nos mostrou.

Sob o eco de um petismo fracassado e de um ex-presidiário que se lança pré-candidato à presidência do Brasil depois de usurpar milhões, o também  petista Jorge Viana volta à cena política acreana depois de ter visto o PT ser varrido do mapa nas eleições de 2018.

No Acre, o PT detinha toda a estrutura do estado, dezenas de vereadores, prefeitos e vice-prefeitos; deputados estaduais, federais e senadores, hoje restam apenas meia dúzia de gatos pingados. Em 2020, perderam as prefeituras dos dois maiores colégios eleitorais do estado, Rio Branco e Cruzeiro do Sul. Prefeitos? Restou apenas a Assis Brasil, Brasiléia, Xapuri e Mâncio Lima terem sobre si prefeitos filiados ao famigerado Partido dos Trabalhadores.

Hoje, Jorge Viana (ex-prefeito, ex-governador, ex-senador e mais alguma coisa) se lança candidato ao Senado Federal, volta e meia pontua como o favorito à única vaga disponível ao parlamento. Postulado ainda como possível pré-candidato ao governo, aí já deixa de ser o queridinho das pesquisas, sempre aparece atrás de Gladson.

Tendenciosa, adulterada, comprada ou representando apenas o momento do eleitorado, independente disto tudo, pesquisa não vence eleição, o tempo já mostrou. Se dependesse delas, Haddad hoje seria presidente. Ainda restam dúvidas, caro leitor, de que a candidatura de Jorge irá desidratar?

Basta andar pelas ruas de Rio Branco, Cruzeiro do Sul ou qualquer outra cidade acreana e perguntar a população, o acreano ainda se lembra do legado do PT. 20 anos não são fáceis de esquecer.

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