Em artigo, Valdir Perazzo associa teologia da libertação a projeto de poder socialista

Faz algum tempo que vi um vídeo do Senador Randolph Rodrigues (PT-AP), um político – como sabido por todos – de extrema esquerda, fazendo um elogio ao livro de Frei Betto, intitulado “Jesus Militante”. O Senador do Amapá agradecia ao “teólogo da libertação”, o livro que lhe foi presenteado pelo referido teólogo.

Randolph não elogiava apenas o livro que recebera; elogiava a trilogia escrita por Fr. Betto: Jesus Militante, Jesus Rebelde e Jesus Revolucionário. Logo, pelos títulos, bastante sugestivos, imaginei que eram obras de propaganda do socialismo.

O tempo passou e não me esqueci daquele vídeo gravado pelo Senador Petista (Randolph Rodrigues), em que fazia propaganda da trilogia de Frei Betto. De Frei Betto, eu já havia lido (no passado) o livro “Fidel e a Religião”, no qual demonstra todo o seu entusiasmo pela “Revolução Cubana”. Tenho a obra em espanhol na minha estante.

Nesse final de semana, fui à livraria da Igreja Matriz de Rio Branco com a família, e, para minha surpresa, ali estavam expostos à venda, dois dos livros citados: Jesus Militante e Jesus Rebelde. Eu pretendia adquirir os três volumes. O terceiro – Jesus Revolucionário – não havia no estoque.

Quedei-me frustrado. Eu pretendia ler os três. Não porque estivesse seguindo a sugestão teológica de Randolph Rodrigues, mas para confirmar o que eu suspeitava. Ou seja, uma propaganda do socialismo, no qual deixei de acreditar faz muito tempo.

Adquiri os livros também por outro motivo. Tenho acompanhado com interesse o crescimento espiritual dos meus filhos: Laura Perazzo e Antônio Perazzo, de 13 e 8 anos. Laura, há bem pouco tempo, fez sua 1ª Eucaristia. Eu e a mãe ficamos orgulhosos com o progresso na vida espiritual dessas criaturas que Deus nos deu o privilégio de educar.

Eu adquiri os livros e os exibi para meus filhos, que já sabem o que penso sobre a teologia da libertação. Eles sabem que já li o livro “Teologia da Libertação – Um Salva Vida de Chumbo para os Pobres, de autoria de Julio Loredo de Izcue, em que demonstrou a estratégia dessa “teologia” e sua trajetória lado a lado com o comunismo, bem como seu nefasto efeito, piorando a situação daqueles a quem pretende “libertar”, ou sejam, os pobres da América Latina.

Pois bem. Ao chegar em casa já li, pelo menos, as orelhas do livro. O que eu desconfiava já fui confirmando. Trata-se de uma proposta política socialista – está implícito porque o autor não pode dizer isso abertamente -, numa suposta interpretação dos Evangelhos, que levaria a esse projeto “civilizatório”, e é no que acredita o “teólogo da libertação”.

Eis o que diz Frei Betto nas orelhas do livro: “Escolhi o Evangelho de Marcos por ser o relato mais próximo de Jesus histórico. E o que melhor descreve o Jesus humano. Em anos de pesquisas, convenci-me de que Jesus não veio fundar uma religião (o cristianismo) nem uma Igreja (a cristã). Veio resgatar o projeto original de Deus para toda a humanidade, fundado no amor e na partilha. E o fez a partir do que, séculos depois, inspiraria a pedagogia libertadora de Paulo Freire: o protagonismo dos pobres e oprimidos”.

Li recentemente a obra mais importante de Paulo Freire (Pedagogia do Oprimido), que Frei Betto entende como uma pedagogia libertadora. O Brasil hoje ocupa os piores lugares em rankings internacionais de educação, frequentemente entre os países com pior desempenho, especialmente em comparações com países desenvolvidos. E o patrono da educação brasileira é Paulo Freire.

Lendo Paulo Freire (Pedagogia do Oprimido), dei-me conta de que, o suposto educador, na sua obra citada, o que pretende é fazer com que o estudante se torne um militante da esquerda. Para ele (Paulo Freire), a educação deve acontecer dentro de um processo revolucionário, sob a liderança do partido (comunista).

Toda a bibliografia que fundamenta a obra de Paulo Freire (Pedagogia do Oprimido), é constituída de autores da esquerda nacional e internacional. É, como a “teologia da libertação”, um projeto político de cunho socialista. Para Paulo Freire, educar-se é se tornar um militante. Ao fim e ao cabo, o elogio de Frei Betto ao Paulo Freire, são aqueles afagos entre “companheiros”. Eles (os companheiros), têm sentido de direção. Sabem onde querem chegar.

Avancei na leitura do livro (Jesus Militante) de Frei Betto. Li a introdução. Fui aumentando minha convicção de que se trata de um projeto político (socialista); muito embora o autor não diga de forma explícita. Mas, facilmente se conclui. Eis mais um pequeno excerto que nos leva a concluir de que se trata de um projeto socialista:

Ninguém é mais controverso na história humana do que Jesus de Nazaré. Nele se apoiam os fundamentalistas cristãos dos EUA, que defendem a índole imperialista da Casa Branca, e os militantes das Comunidades Eclesiais de Base da América Latina, de cuja prática brotou a Teologia da Libertação”.

No texto acima Frei Betto condena os cristãos americanos. Para Frei Betto são fundamentalistas. Para Frei Betto, os cristãos americanos estão equivocados. Fizeram uma interpretação errada dos Evangelhos. Não são cristãos!

Não obstante, são esses cristãos americanos – que Frei Betto os chamam de fundamentalistas – que fundaram a mais importante nação do mundo. O país mais próspero, do ponto de vista material e espiritual, e que se constitui num farol da humanidade. É a democracia mais importante do planeta, cuja constituição política nós a copiamos.

Os cristãos fundamentalistas dos EUA, para Frei Betto, também estão equivocados por defenderem o imperialismo da Casa Branca. Para Frei Betto, os cristãos dos EUA não seriam fundamentalistas, se ao invés de defenderem o imperialismo da Casa Branca, defendessem o imperialismo chinês.

O que se percebe, ao fim e ao cabo, na posição acima externada por Frei Betto, é o antiamericanismo, típico da esquerda. Tudo que diz respeito aos EUA deve ser rejeitado; até o cristianismo que lá se pratica. O cristianismo de lá não é bom; é fundamentalista. Bom é a teologia da libertação aqui na América Latina praticada, que, depois de criada há mais de meio século, o que sobreveio com essa teologia que influenciou os rumos políticos do nosso Subcontinente foram ditaduras como a Venezuela e a Nicarágua.

O livro de Frei Betto (Jesus Militante), exclui toda a divindade de Jesus. A obra libertadora de Jesus, para Frei Betto, é apenas uma proposta política. Eis o que ele diz: “Ora, Jesus nasceu no reino de Herodes e viveu no reino de César. Tanto Herodes quanto o imperador romano se consideravam portadores divinos. Jesus se contrapôs aos reinos deles. Passou a anunciar outro reino possível – o de Deus! Proposta política revestida de linguagem religiosa, como era próprio no contexto em que vivia”.

Para Frei Betto, o Reino de Deus anunciado por Jesus, é apenas uma proposta política. Um paraíso aqui na terra.

Lendo o livro de Frei Betto, dou-me conta, como pai, de uma grande responsabilidade: abrir os olhos dos meus filhos e educá-los segundo o verdadeiro magistério da Igreja Católica. Os inimigos das nossas almas estão por perto!

“O propósito é que não sejamos mais como crianças, levados de um lado para outro pelas ondas, nem jogados para cá e para lá por todo vento de doutrina e pela astúcia e esperteza de homens que induzem a erro”. (Efésios 4:14-15).

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