Governo da Itália cria fundo de indenização por “efeitos adversos” de vacinas

O governo da Itália aprovou nesta sexta-feira (21) um fundo de 150 milhões de euros (cerca de R$ 930 milhões) para indenizar cidadãos por eventuais danos comprovadamente causados por vacinas contra a Covid-19.   

A medida havia sido proposta pelo partido de direita Liga Norte, liderado por Matteo Salvini, e foi aprovada pelo Conselho dos Ministros, órgão chefiado pelo premiê Mario Draghi. 

“Nossa proposta finalmente foi acolhida”, diz uma nota dos ministros Erika Stefani (Deficiências), Giancarlo Giorgetti (Desenvolvimento Econômico) e Massimo Garavaglia (Turismo), todos eles da Liga.

O decreto aprovado pelo governo prevê a destinação de 50 milhões de euros para o fundo em 2022 e de 100 milhões de euros em 2023. 

O Partido Democrático (PD), de centro-esquerda, afirmou que a medida é positiva porque vai retirar “mais um álibi da indigna parafernália propagandista dos antivax”. Não está claro, no entanto, que tipos de efeitos adversos serão passíveis de indenização. 

A Itália já aplicou quase 123 milhões de doses de vacinas anti-Covid, sendo que 79% da população concluiu o primeiro ciclo, e 49% tomou o reforço.   

O último relatório da Agência Italiana de Medicamentos (Aifa), publicado em setembro, aponta 101.110 relatos de efeitos adversos para um total de 84 milhões de doses administradas até aquele momento, ou seja, apenas 0,12% do total.   

Ainda segundo a Aifa, somente 14,4% dos eventos colaterais possivelmente ligados a imunizantes (14.605) foram considerados “graves”.   

No período englobado pelo relatório – 27 de dezembro de 2020 a 26 de setembro de 2021 -, cerca de 58,8 mil pessoas morreram por complicações da Covid na Itália. (ANSA).  

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