Ideia do MEC é permitir que brasileiros e estrangeiros residentes em países do Mercosul realizem o exame
O governo federal estuda aplicar o Exame Nacional do Ensino Médio em três países do Mercosul: Argentina, Uruguai e Paraguai. A proposta, confirmada pelo ministro da Educação, Camilo Santana, permitiria que brasileiros e estrangeiros residentes nessas regiões realizem a prova em português, com aplicação prevista em Buenos Aires, Montevidéu e Assunção.
Segundo o ministro, ainda não há estimativa de custos nem definição sobre eventuais mudanças no número de vagas ofertadas pelas universidades brasileiras. A ampliação vem sendo discutida em meio ao aumento no número de inscritos, embora o acesso ao ensino superior siga desigual, conforme reportagens recentes apontam.
O presidente do Inep, Manuel Palácios, afirmou que o órgão estuda uma aplicação digital e trabalha para entender quantas pessoas nesses países teriam interesse em participar. A expectativa é concluir os estudos até março, quando o MEC abrirá as inscrições para o Enem 2026, possível primeiro ano de aplicação internacional, caso a proposta seja aprovada.
Camilo destacou que já recebeu demandas de participação de estudantes nas reuniões do Mercosul e defendeu a integração educacional entre os países vizinhos. Ele também anunciou que, a partir de 2026, o Enem passará a avaliar o ensino médio, substituindo o Saeb nessa etapa.
Enquanto discute a expansão, o MEC avaliou o desempenho do Enem 2025, cujo segundo dia de provas ocorreu neste domingo, com taxa de abstenção preliminar de 30%. Professores ouvidos apontaram que o nível seguiu o padrão dos últimos anos, com questões sobre mudanças climáticas e temas do cotidiano. Com informações do portal UOL.



