Marcio Bittar estava certo: Bancada do União Brasil rejeita Moro e vê chance remota na filiação

Embora conte com a simpatia da cúpula do PSL, a possibilidade do ex-juiz Sérgio Moro (Podemos) se filiar ao União Brasil para disputar a eleição para Presidência da República esbarra na rejeição de caciques do DEM, a segunda metade do partido que deve ser homologado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nos próximos meses, segundo informações da Jovem Pan.

Lideranças do Democratas que se opõem ao movimento afirmam que o ex-ministro do governo Bolsonaro tem altos índices de rejeição, o que afetaria, sobretudo, as campanhas de governadores que buscam a reeleição. Moro se filiou ao Podemos em novembro de 2021 e aparece em terceiro nas pesquisas na corrida pelo Palácio do Planalto, atrás do presidente Jair Bolsonaro (PL) e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

As cúpulas do Podemos e do União Brasil haviam encaminhado um acordo para que o novo partido indicasse o candidato a vice-presidente na chapa de Sergio Moro. Nesta costura, o presidente nacional do PSL, Luciano Bivar (PE), despontava como o nome favorito. Em paralelo, entusiastas da candidatura passaram a defender que o ex-juiz da Lava Jato migrasse para uma legenda com maior capilaridade e recursos financeiros, a fim de alavancar a postulação – o partido que nascerá da fusão entre DEM e PSL terá cerca de R$ 1 bilhão em verbas dos fundos partidário e eleitoral, ante aproximadamente R$ 230 milhões da atual legenda de Moro.

A algumas semanas, o senador Marcio Bittar, do PSL Acre, comentou sobre a possibilidade de aproximação entre o ex-juiz com o União Brasil. Marcio, que é o nome número 1 do novo partido no Acre, e um dos principais nomes no país, disse que não vê vantagem em uma filiação de Moro. “E se, a partir daí [do desenrolar da campanha e crescimento de Bolsonaro], o União Brasil entender que pode agregar à chapa, porque o partido não indicaria um vice na chapa do presidente Bolsonaro?”, disse Bittar.

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