As invasões de terras continuam gerando clima tenso. A escalada da violência no campo, nesse momento é que mais preocupa as entidades do Oeste do Paraná ligadas ao agronegócio. Em 2024 o número de invasões passou por um salto e nas mas áreas ocupadas recentemente a situação se assemelha a um barril de pólvora.
Produtores que tentaram semear foram brutalmente agredidos. Nesta sexta-feira (01) o presidente da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), Ágide Eduardo Meneguette, esteve na região e visitou áreas invadidas, começando pela Fazenda Brilhante.
Ele destacou que as informações levantadas até o momento geram desconfiança sobre a origem do grupo de invasores. “Tudo o que foi apurado leva crer que são paraguaios que falam guarani. Levamos o caso ao Ministério Público e está também no Judiciário, mas o processo segue em segredo de Justiça. Só não entendemos por que paraguaios entram pela fronteira em território brasileiro se apossando da propriedade privada sem encontrar oposição por parte do governo”.
A Faep tem atuado nas esferas federal e estadual, colocando a disposição dos produtores todo o seu corpo jurídico para cuidar das causas indígenas, bem como os sindicatos que atuam diretamente na representatividade. “O que indica é um movimento orquestrado. Estamos pedindo ao Governo e também ao STF a retirada dos invasores das áreas para que os passos seguintes possam ser tratados. O clima é hostil. Há insegurança jurídica, o plantio foi barrado e os prejuízos são enormes. O impacto anual pode chegar a R$ 600 milhões no Valor Bruto da Produção desta região. Quem vai ressarcir o produtor? “, questiona Meneguette.
O presidente questiona também o risco fitossanitário e de sanidade animal. “Somos livres de aftosa, temos cuidado extremo com a gripe aviária e somos credenciados internacionalmente para as exportações. Os riscos são grandes e iminentes. Tanto a Federação como o Estado estão se esforçando para solução pacífica”.